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O incômodo abaixo de seu abdômen se alastra como se houvesse guerreiros lutando em seu útero, rasgando e dilacerando-a. Você se contorce em sua cama e seu semblante se monta em uma expressão de dor e desconforto, as sobrancelhas franzidas e os lábios tensos, o nariz levemente enrugado. Sentiu um líquido esvaziar entre suas pernas, e rapidamente se levantou como um espadachim derrotado. Por fortuno, havia um banheiro ao lado de seu quarto e ninguém havia a pego se arrastando pelos corredores. Ao abaixar suas calças se depara com o mar vermelho que jorrou de si. O tecido de seu pijama inteiramente manchado, sua virilha e bunda com rastros de sangue.
— Merda! Como não previ isso?! — Praguejou para si mesma, quase em lágrimas. Retirou suas roupas e se banhou em águas mornas e quentes, ainda com uma pancadaria em seu útero. Espremeu seus olhos e mordeu os lábios, a espera de ter algum alívio repentino e mágico. Escutou batidas à porta e voltou a realidade, desfocando seu momento de dor a atenção de batidas.
— Querida, está tudo bem?! — A voz masculina carregava preocupação em sua entonação, a mesma voz que havia acordado, como sempre, para dar seu "bom dia" caloroso, quando o moreno entrou no quarto notou a bagunça dos lençóis e a poça seca de seu sangue na cama, Obito se voluntariou para ajudá-la; limpando seu lençol e seu colchão. Seu colchão repousava nos raios de sol da manhã, enquanto os antigos lençóis se misturavam no sabão e espuma.
— Não realmente. — Expressou, com suas pernas fraquejando.
— Posso entrar? — A mão do lado cicatrizado se estendeu na maçaneta, firme e pronta pra abrir.
— Não! Eu me viro aqui, não se preocupe, Obito. — Seus olhos quase pularam do seu rosto, sentia-se envergonhada com seu estado de aparência que se assemelhava a um dos velhos do conselho. Seus lábios deixaram escapar um suspiro. Após sua lavagem e refresco matinal, saiu enrolada da toalha e fez uma expressão desconte e chorosa ao perceber que esquecia de suas roupas novas. Chamou por Obito que não respondia a sua chamada, mas outros ouvidos corresponderam quase que imediatamente.
— Precisa de ajuda, meu amor? — Graças, era Itachi.
— Preciso. Pode pegar roupas íntimas e caseiras, por favor? — Sua voz era mole e com pitada de aborrecimento. Enjoada. Itachi se moveu com seu pedido na mesma hora, abrindo a porta com cautela e lhe entregando as roupas.
— Está em seu período? — Sua voz era macia, em um tom agradável e compreensivo. Itachi era o primeiro a notar seu comportamento usual dos dias de luta. Você acenou com a cabeça e o agradeceu por pegar suas roupas.
