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A
cordei cedo naquela manhã, e fui colocar a água no café, o aroma dos grãos moídos em contato com a água preencheu o lugar. Eram cinco da manhã e eu estava começando a me arruma para ir trabalhar.
Usei um conjunto social de saia e terno, coloquei um sapato de bico fino social e em seguida fui fazer minha maquiagem. — Sorrio em frente ao espelho apenas por poder dizer que eu estava fazendo maquiagem, quando na minha vida eu teria essa chance? Agora eu estava tendo.
A “coleira” dada por Mikey tinha uma trava com cadeado atrás, não era bem um cadeado e sim uma fechadura que só seria aperta com a chave, e adivinha quem tava com a chave?
Me encostei no balcão da cozinha e peguei a caneca com o café, fechando os olhos.... Isso era paz? — O sol entrando pela janela, dando sua graça, os pássaros cantando e as pessoas começando a levantar.
— Minha casa — sussurro para mim mesma
{...}
Os saltos ecoava contra o piso de mármore, assim que cheguei vi que os homens presentes começaram a me olhar, mesmo sentindo esses olhares, fiquei minha atenção nos papéis que foram entregues na recepção, e fui direto para o elevador que daria no andar da minha sala.
Parece que ouve um pequeno problema na contabilidade de uma boate, que esta sobre a administração do Kakucho. Irei ver isso melhor.
“Ela é linda, você viu? “
“ alguém assim trabalha com a gente?
“ idiotas, ela é a Secretaria do chefe Sano"
“ Uauu, ela é linda “
O elevador abriu e me deparei com todos eles ali, acabei dando um passo para trás no susto.
— Vai entrar não? — Sanzu diz e eu acabo sorrindo.
— Bom dia meus Senhores — me curvo diante deles e entro no elevador.
— Alguém foi abençoado pela Deusa da beleza — Rindou me surpreendeu, já que ele quase não falava comigo.
— Isso é um elogio? — o olho
— E se for? — ele diz
— Não se deixe levar — Kakucho diz sorrindo — o trio ali nunca deixou a quinta série.
Por alguma razão comecei a gargalhar, não era um sorriso forçado, nem um meio sorriso. Era de fato uma gargalhada, ao ponto de eu colocar a mão na boca tentando controlar.
Quando a porta abriu no meu andar, ainda rindo eu me curvei e sai apressada. Deus por que eu tinha que estragar tudo, e com Mikey ali dentro ainda.
— Se correr desse jeito, vai acabar caindo — ouço sua voz e olho para trás — Bom dia, meu bichinho.
Meu sorriso se desfez
— Não sou seu bichino — o encaro
— Tem certeza? — Ele da um passo a frente e me olha.
— Absoluta, eu nunca vou ser seu bichinho — não abaixei a cabeça, e continuei olhando em seus olhos.
— Não é o que parece — Mikey estava a um palmo de distância de mim.
Quando ele tentou dar mais um passo, eu bati em sua cabeça com a prancheta aonde estava os papéis.
Ouve silêncio
Ele me olhou, e eu o olhei
— Você me bateu? — ele me olhou de forma ameaçadora e eu tremi.
— N-não? — dou um passo para trás.
— Sim, você me bateu — Mikey sussurra próximo a minha bochecha — devo mata-la?
— Eiiii isso é injusto — Elevo minha voz e Mikey arregala os olhos — Quando era para me matar, você não quis, e agora que eu to feliz por estar viva, você quer me matar?
Apontei o dedo em seu rosto e ele ficou em silêncio.
— Isso é sério mesmo? Se eu soubesse que seria assim, eu mesma tinha puxado a arma que você leva na cintura.
— Não Levo uma arma na cintura — Mikey cruza os braços com um sorriso debochado.
— Não? E esse volume? — aponto para sua cintura e ele arquea a sobrancelha... E eu me calo — não é uma arma?
— Depende do ponto de vista — ele diz
Eu me calei, fiquei vermelha e entrei na minha sala fechando a porta, tomada pela vergonha.
Mas então eu ouvi, uma gargalhada estrondosa, uma risada verdadeira e ao olhar pela porta, percebi que era Mikey dando risada.
Ele estava rindo
Pela primeira vez, rindo de verdade
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