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a era noite quando Kokonoi deixou a casa de Sango, encontrando aquela pessoa parada com os punhos cerrados em frente ao seu carro. — Kokonoi andou até ele e olhou para casa da castanha.
— Como ela ta? — Ele Perguntou
— Melhorou, amanhã pode ir trabalhar — Kokonoi diz — por que não entra Takemichi?
— Por que esta sendo o sugar Daddy dela? — Takemichi o olhou
— Por que, você não deixa de ser covarde e encara ela pessoalmente? — Kokonoi diz.
— Eu.. Eu não tenho mais esse direito — Takemichi diz envergonhado — se ela está bem então tá bom.
— Vai fugir até quando? — Kokonoi pergunta ao ver o Hanagaki entrar no carro.
— Não sei!
{...}
Pela madrugada, a porta da casa foi aberta devagar, a pessoa caminhou em passos lentos até o segundo andar, onde Sango estava adormecida por conta dos remédios.
— K-koko, eu to com sede — a castanha sussurrou e a pessoa colocou água no copo a ajudando a tomar.
— Volte a dormir — ele diz não passando de um fraco sussurro.
— Uhum, eu vou — Sango murmura.
E ao ver que caiu no sono, Takemichi deita ao lado da irmã mais nova em silêncio, a trazendo para perto de seu corpo , não segurando as lágrimas aprisionadas.
Ele falhou como irmão, ele havia falhado como família e aos poucos Kokonoi se tornava responsável por Sango.
Ele tinha medo de Sango o odiar pelo que ela passou, tinha medo de ser culpado e odiado por ela. — A verdade era que Takemichi não tinha coragem para dizer a verdade e ver a expressão de dor em seu rosto.
Desde o momento que Takemichi entrou na casa, Mikey que estava escondido nas sombras, pensando que era algum assassino ou apenas um simples ladrão que morreria pela sua arma. — Mas ele ficou em silêncio vendo Takemichi ter sua própria redenção.
Eles eram parecidos, o olhar feroz e destemido que ambos possuíam, a forma como Sango o enfrentava, o olhar de quem perdeu tudo, mas ainda assim queria continuar.
No momento que Sango passou pela aquela poeta na boate ele soube, pois ambos fizeram a mesma coisa quando o conheceu.
“Sango Hikikomori”
“ H-hanagaki Takemichi "
O mesmo olhar, a mesma expressão em situações diferentes, mesmo sem baixar a cabeça diante do medo. Desde aquele dia ele soube, e foi tomado pelo instinto de proteção em relação a Sango.
“Takemichy, a partir de hoje você é minha putinha “
“ Meu doce bichinho "
— Me perdoe — Takemichi sussurrou ao beijar a testa da irmã mais nova — me perdoe por ser covarde e fraco.
Me perdoe por não ter ido até você antes.
Eram três da manhã, quando Takemichi se retirou da casa, com os olhos inchados de tanto chorar em silêncio, pois nada do que ele faça ou diga, irá apagar as cicatrizes do corpo de Sango e as muralhas em sua mente.
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Autora: Koko, acharam que você é o irmão da Sango.
Kokonoi: eu adoto uma pobre e já me chamam de irmão? É o fim da picada 😒
