um Deus e as marcas de Nouen

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— Wow. — Yibo parecia impressionado. Depois que o humano acordou, os dois resolveram caminhar juntos, estavam no jardim do hospital. — Então a morte também é alguém que existe! É tão legal...

— É. — Zhan riu. — Mas aquele garoto... Ele sentiu a morte. É bastante raro.

— Incrível... A morte tem um nome?! — questionou curiosamente, parando de frente para o mais alto. — Como você e aquele seu ajudante?

— Sim. — assentiu. — Ele se chama Li Bowen.

— Por que todo mundo é chinês...? — estava curioso com isso também, aquilo o deixou pensativo, olhando para o alto e voltando a caminhar um pouco a frente de Xiao.

— Não há nacionalidade para esses seres, nós só... Temos muitos nomes e muitas aparências.

— Então você tem outra aparência?! — apontou.

— Não. Eu fiz esse corpo totalmente humano, é a primeira vez na história dessa Terra que Deus tem uma aparência.

— Interessante. Mas por que todos têm vários nomes e aparências pra cada país? Não é muita coisa?

— O que é muita coisa, afinal? — parou de andar mais uma vez, sentia-se um pouco cansado.

— Tá tudo bem?

— Sim. — murmurou e sentou-se em um banco ali, Yibo o acompanhou. — As aparências e nomes são para deixar os humanos mais confortáveis, sabe? Quando você conhece alguém que é de seu país em um lugar desconhecido, fica aliviado, não?

— Tem razão... — assentiu em concordância. — É tudo para os humanos?

É tudo para todos. — corrigiu-o. — Bowen, Zhuocheng, e qualquer outro ser, todos estão apenas aprendendo sempre, inclusive eu.

— Sr. Xiao? — os dois viraram a cabeça para olhar quem o chamara, era um dos médicos.

— Dr. Liu. — sorriu minimamente e levantou-se.

— Que bom que te encontrei aqui. Precisa assinar isso aqui. — entregou uma folha, aquilo era relacionado ao tratamento. — Estávamos te procurando por todo o hospital.

— Sinto muito. — riu baixinho e quando pegou a caneta que lhe foi entregue, viu a marca na mão dele. Tinha a sensação que já tinha visto uma marca parecida com aquela, por isso seu cenho estava franzido. Porém voltou à realidade quando Yibo o chamou para sentar. — Queria um pouco de ar livre. — retomou o assunto e começou a ler aquele documento para assinar. Quando o fez, devolveu para o doutor.

— Obrigado. — fez uma reverência e saiu.

Os dois viram o homem de jaleco branco se afastar e depois voltaram a atenção entre eles.

— O que foi aquilo? — Wang perguntou.

— Todos têm marcas nas mãos, marcas da morte e da vida, são chamadas de marcas de Nouen, porque elas são feitas em Nouen. Bowen vê marcas da morte e eu da vida. Estava reparando na marca dele. — explicou calmamente. — A diferença é que as marcas da morte mudam para cada vida de uma pessoa e elas indicam o tempo restante de vida, mas as marcas da vida sempre são iguais, não importa quantas vezes a pessoa reencarne, e elas são como digitais, sabe?

— Elas se parecem mais com runas ou marcas de nascença? — o humano queria ao menos imaginar como eram.

— São runas.

— Entendi... Mas o que tem a marca dele?

— Eu tenho certeza de que já vi uma idêntica antes.

— E o que isso significa? Porque nem humanos gêmeos têm digitais idênticas...

— Nesse caso, almas gêmeas têm marcas idênticas. — aquilo fez com que um silêncio se instalasse entre eles.

GOD || YiZhanOnde histórias criam vida. Descubra agora