Pego meu notebook em uma das caixas que havia mandado e o ligo, conectando meu Whatsapp.
Faço uma chamada de vídeo com Thamires e vejo que ela está chorando.
— O que aconteceu?
— Ai meu Deus... AI MEU DEUS! — Thamires grita.
— O que diabos... — Carol começa e Thamires coloca a mão dela na frente à câmera.
— Daniel me pediu em casamento!
Gritamos as três ao mesmo tempo.
— Mostra direito esse anel, garota! — fala Carol.
Mais uma vez Thamires mostra sua mão onde brilha um lindo anel com uma pedra única no meio.
— Eu estou tão feliz por você — meus olhos enchem de lágrimas. — A primeira de nós a se casar.
— E mais uma coisa... Você quer ser minha madrinha?
Dou mais um grito e abraço a tela do computador.
— É claro, não precisava nem perguntar.
Alguém bate na porta e Carol se levanta para abrir.
— Meu Deus, que gritaria é essa? Dava para ouvir do corredor — Yana fala enquanto entra no apartamento e coloca as compras na ilha da cozinha.
— Thamires vai se casar — conto e Yana se aproxima da gente.
— Ei Thamy, parabéns. Quando vai ser o casório? — fala.
— Obrigada. Daqui uns três meses. Queremos no casar antes de nos mudarmos, se tudo der certo.
— Daniel vai conseguir uma vaga aqui, já deu certo. E vamos sair todas juntas.
— Amém — falamos em uníssono e rimos em seguida.
— Agora vamos desligar, porque ainda temos que sair para mostrar a cidade para essa garota aqui — Yana fala.
Antes que eu possa protestar, Thamires dá tchau e Yana desliga a chamada.
— Ei! Eu já estou de pijama — reclamo.
— É só trocar. Levanta essa bunda daí.
— Que bunda? — brinco e recebo uma almofadada. — É por isso que quando se casarem eu não vou ser madrinha. Vocês só me maltratam — faço drama e recebo outra almofadada.
— Por falar em ser madrinha, você já foi de umas quatro pessoas né?
— Na verdade, cinco. E se vocês se casarem e me convidarem, é óbvio que eu vou aceitar mesmo falando que não, e aí terei sido madrinha oito vezes.
— Um dia, quem sabe — Carol fala e eu reviro os olhos. — E você? Não vai se casar?
— Um dia, quem sabe — a imito e dessa vez ela revira os olhos.
— VAI SE TROCAR — grita Yana. — E Carol, me ajuda a guardar as compras, por favor.
— Uma última coisa — Carol fala antes de eu ir para o quarto. — Vou fazer de tudo para lançar meu novo livro perto do casamento de Thamires para todas estarem no Brasil.
— Ótimo — grito, já indo para o quarto.
Coloco minhas roupas de frio e pego um casaco emprestado com Yana.
Quinze minutos depois, saímos com Yana no seu carro.
Ela nos contou durante o caminho que deu entrada no seu carro há dois meses. Ela veio trabalhar aqui há alguns anos como au pair e depois conseguiu um emprego na sua área, marketing.
Passeamos por alguns pontos turísticos da cidade e tiramos algumas fotos. Por último, Yana me levou até um Starbucks, pois eu disse que eu nunca havia ido em um.
Demorei um pouco para escolher uma bebida, o que demorou alguns minutos. Bebemos e tiramos muitas fotos antes de voltar para casa.
Chegamos por volta das 22h no apartamento. Penduro o casaco no armário perto da porta, assim como as garotas.
— Ai meninas, fazia tanto tempo que eu não falava português por mais de trinta minutos — fala Yana enquanto vai à cozinha e volta com uma garrafa de vinho e três taças. — Karaokê? — pergunta.
— Karaokê! — eu e Carol gritamos em uníssono.
Que comece a noite das garotas.
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Meu chefe (HIATUS)
RomanceLetícia Cavalcante só tinha dois sonhos: ser arquiteta e morar em Nova Iorque. Bom, finalmente parecia que tudo estava indo do jeitinho que ela tinha planejado, mas ela teve de voltar ao Brasil para um casamento. Paixões, novas e antigas amizades ap...