Capítulo 17

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Acordo cedo no outro dia. Fiz tudo com calma. Tomei café, guardei minhas coisas, varri a casa... Mas chegou a um ponto que eu não tinha mais nada o que fazer, por isso resolvi ir para a empresa arrumar minha sala e falar com o meu superior para eu voltar a trabalhar antes do planejado. Então tomei um banho, escovei os dentes, vesti um vestido branco de manga ¾, que vai até o joelho, marcando a cintura com um cinto marrom; e nos pés calcei um salto nude não muito alto. De cabelo solto e com uma maquiagem não muito forte, jogo meu celular, carteira e chaves dentro da minha bolsa azul anil e saio de casa.

O trajeto até a empresa é fácil de decorar e não demora muito. Uns dois dias com esse GPS e eu já decoro o caminho.

Na empresa, cumprimento a recepcionista e mostro meu crachá para ela liberar minha entrada. Diferentemente da recepcionista do Louis, essa sorri e realmente presta atenção em mim quando eu falo. Ela me diz que a sala de um tal de Sr.Stewart é no último andar e é com ele que eu devo falar.

Entro no elevador e aperto o botão do último andar enquanto pego meu celular. As portas já estavam se fechando quando eu escuto uma voz gritar para eu segurá-las. Coloco uma mão entre as portas e com a outra continuo mexendo no meu celular para mandar uma mensagem para minha mãe. Segundos depois, vejo alguém entrar. Tiro os olhos do celular e olho para cima. É o cara que derrubou meu café!

– Você?! – ele e eu falamos em uníssono enquanto as portas se fecham, depois que eu aperto o botão para ir para o quinto andar.

Ele está mais lindo do quê aquele dia do café. Está de terno e gravata, e segurando uma maleta. Tenho que admitir que tenho uma queda – um precipício, na verdade – por homens de terno. Sim, eu admito que ele é bonito, mas ele foi tão grosso e estúpido que não adianta ele ser lindo.

– O que faz aqui? – não consigo evitar a pergunta que salta da minha boca.

– Eu que devo te perguntar isso. Que eu saiba, a nova na cidade é você, e não eu! O que faz aqui?

– Olha aqui, idiota, eu não deveria te responder, mas eu vim para cá para...

Com um "plim" as portas se abrem.

– Bom, eu tenho que ir – sorrio cinicamente e saio do elevador, sem nem olhar para trás e sem esperar ele falar mais alguma coisa.

Caminho até a recepção e vejo Margareth.

– Bom dia – desejo.

– Não parece que está tendo um bom dia – repara e sorri amigavelmente.

– É que encontrei um idiota no caminho para cá – resmungo e ela sorri.

– Bom, esqueça isso. Ella me disse que você veio falar com o Sr.Stewart, não é?

– A resposta é sim se ele for meu superior por aqui – sorrio.

– Então a resposta é sim mesmo – sorri. – Seu nome é Robert Stewart, mas para nós meros empregados é Sr.Stewart – brinca.

– Mais alguma coisa que eu devo saber?

– Se você ouvir pela empresa "Mister Alasca", entre outros apelidos relacionados a frieza, é sobre ele que estão falando.

Fiz uma careta e ela riu.

– Não se assuste. As pessoas falam demais, mas ele é uma boa pessoa.

– Tudo bem. Tenho que ir falar com ele. Onde é a sua sala?

– Segunda porta a direita desse corredor – aponta.

– Me deseje sorte.

Respiro fundo e caminho até a sala do meu chefe. Na porta, o sobrenome Stewart brilha em letras douradas.

Meu chefe (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora