Bônus (Diana) - 25

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E lá vou eu.

No meio da noite.

Atrás de um louco que é irmão da minha amiga.

Como alguém sai por aí por uma cidade que não conhece?

Espera. Eu estou fazendo isso!

Mas já é tarde demais. Já estou descendo do táxi.

Vejo um carro prata parado no acostamento e um homem de costas.

Suas costas são largas e sua camiseta azul define seus músculos.

– Tomás? – chamo e o homem se vira.

Por Deus! Como a Letícia não falou que tinha um irmão tão bonito?

A altura com certeza é de família. Alto, o cabelo mais claro que o da Letícia, olhos castanhos esverdeados e pele bronzeada.

– Sou eu. E quem é você?

– Sou Diana, a mecânica que sua irmã mandou.

Ele começa a rir descontroladamente e eu o fito, brava, com as mãos na cintura.

O costume de chorar de tanto rir também deve ser de família. Ele limpa os olhos e respira fundo tentando conter o riso.

– Sinto muito, não é muito comum vermos mecânicAs.

– Isso é machismo!

– Não, é a realidade. Só relatei os fatos.

Dou de ombros e o ignoro. Volto a minha atenção para o carro.

Em menos de cinco minutos, ele voltou a funcionar. Eu estava suja de graxa, mas eu não me importava. Amo meu trabalho.

– Prontinho.

– Valeu mesmo, Diana.

– A pronúncia certa é Daiana. Como o da princesa.

– Okay, Daaaaaiana – ele brinca e reviro os olhos. – Vem, vou te dar uma carona.

– É óbvio que vai dar.

Chegamos ao apartamento de Letícia e ela estava andando de um lado para o outro

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Chegamos ao apartamento de Letícia e ela estava andando de um lado para o outro.

– Onde vocês se meteram? – ela tenta não gritar.

Janette e Robert estão sentados no sofá.

– Eu estava morta de preocupação! É quase três horas da manhã! Vocês sumiram por duas horas.

Meu Deus! Letícia realmente era preocupada com os entes queridos. Imagina quando ela for mãe.

– O que aconteceu foi o seguinte: Eu consertei o carro, acabei o sujando de graxa, porque ele ficou falando que eu estava suja, então sujei ele também. Acabamos nos perdendo e depois paramos para comer alguma coisa. Estávamos com fome – dou de ombros. – Rodamos mais um pouco até que achamos o caminho de volta.

– Vocês não tem celular? A Letícia quase abre um buraco nessa sala de tanto andar em círculos – fala Robert.

– O meu descarregou e ela não levou o dela. E sobre o assunto fome, ela estava mesmo. A barriga estava até roncando – sorri.

– Como se tivesse sido só a minha – murmuro e ele revira os olhos.

– Bom, eu vou para casa – Janette se pronuncia pela primeira vez e joga a chave para mim. – Boa noite para vocês.

Ela não parece feliz...

Olho para Letícia pedindo explicações e ela dá de ombros, em sinal de que não sabe de nada, mas sei que ela vai tentar descobrir.

Meu chefe (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora