Capítulo 31

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Da primeira vez que escrevi esse capítulo o livro tinha chegado a 9 k de visualizações, agora está com quase 402 k. Vocês são incríveis! Obrigada por acreditarem nessa história e em mim.


Se Robert não tivesse na minha frente e me mantendo presa entre seus braços, era capaz de eu ter voado em cima da Agnes.

– O que pensa que está fazendo aqui? – tento me soltar do Robert, mas o mesmo me segura firmemente.

Rob, eu vi que seu carro estava aqui e vim atrás de você ela me ignora por completo, como todas às vezes, e mantém seus olhos nele.

– Para você é Robert, Agnes. O que você quer?

Ele nem ao menos se vira direito para ela. Ele continua do mesmo jeito que antes. Só com o rosto virado em direção a porta.

– Acho que minha casa foi assaltada. Eu estava no trabalho. Acabei de chegar. Vi que tinha algumas coisas fora do lugar e a porta estava aberta. Estou com medo de que alguém ainda esteja lá – choraminga.

– Devia ter levado você também – resmungo.

– O que disse, querida? – pergunta para mim.

– Nada.

– Espera. Ladrões? E Letícia estava aqui sozinha. Que perigo! Não escutou nem viu nada? Tentaram entrar aqui? – ele coloca as mãos no meu rosto, uma de cada lado, e me encara. Os olhos cheios de medo e preocupação.

– Eu... Eu estou bem. Passei o dia vendo televisão. Yana e Igor estiveram aqui comigo mais cedo. Não vi nem ouvi nada. Calma – eu coloco minhas mãos sobre as dele e falo olhando em seus olhos.

– Você pode ir lá olhar, Rob...ert? – ela continua e Robert a olha novamente.

– Por que não chamou a polícia? – pergunta Robert.

– Eu estou apavorada! Não pensei direito.

– E algum dia você já pensou direito? – resmungo para mim mesma, mas Robert escuta e me belisca na bunda. Murmuro um "ai" e vejo ele tentando conter o riso.

– Okay. Nós vamos lá – ele segura minha mão e começamos a andar.

– A Letícia vai? – pergunta com mal humor.

– Claro. Não vou deixá-la sozinha aqui. Podem vir assaltar aqui. E como você entrou?

– A porta dos fundos estava aberta – dá de ombros.

Estranho. Eu juro que fechei a porta dos fundos, mas decidi pode ter sido só impressão.

Caminhamos até a casa dela e quando chegamos, Robert entrou na frente. Eu ia entrar logo em seguida, mas Agnes me empurrou com tudo e eu caí no chão de mau jeito. Ela fingiu que nada aconteceu e seguiu Robert.

Tentei me levantar e soltei um gemido de dor. Droga, torci o pé! Chamo por Robert, mas ele não me escuta.

Minutos depois ele volta e me olha incrédulo.

– O que faz aí no chão?

– Estou vendo se ele está limpo – falo irônica e ele me fuzila com o olhar. – Está bem... Sua amiga Agnes me empurrou e eu torci meu pé.

– Foi sem querer, eu juro. Me desculpe.

Robert me ajuda a levantar e me pega no colo.

– Não chegue mais perto dela e nem coloque um dedo nela. Está avisada – Robert praticamente rosna e sai me carregando. Já longe da casa, ele para e me olha. – Está bem? Vou te levar para o hospital.

– Eu estou bem, mas meu pé dói – faço uma careta de dor. – Tinha alguém na casa?

– Não, mas tinham algumas coisas reviradas.

– E roubaram algo?

– Não que ela tenha dito.

Estranho.

– Tem certeza que não quer que eu fique com você? – Robert pergunta pela milésima vez

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– Tem certeza que não quer que eu fique com você? – Robert pergunta pela milésima vez.

No dia do incidente, Robert me levou ao hospital e meu pé foi enfaixado. Ontem, ele ficou comigo o dia inteiro, pegava tudo para mim, me leva para onde eu quisesse e não saiu do meu lado. Parecia uma sombra. Hoje eu estou tentando fazê-lo ir trabalhar.

– Robert, eu estou bem. Pode ir, qualquer coisa te ligo.

– Mas você não consegue andar, fico preocupado. Com a Agnes aqui do lado e se tiver mesmo bandidos e...

– Robert, eu tenho muletas para andar, meu celular está aqui e eu bato na Agnes com a muleta se ela tentar algo. Quanto aos bandidos, eu deixo a porta trancada. Você mandou trocar as fechaduras ontem, lembra? Vá trabalhar.

A campainha toca e Robert vai atender. Ele abre a porta e segundos depois o mesmo volta com Diana e Igor.

– O que fazem aqui?

– O seu noivo pediu para sermos babás – conta Igor com uma sobrancelha levantada.

– Robert! – jogo uma almofada nele.

– É para o seu bem. Agora sim, vou trabalhar. Até mais tarde – ele beija minha testa e em seguida meus lábios.

– Até.

– Chego o mais cedo possível. E prometo que hoje teremos nosso encontro.

Robert sai e eu me apoio nos móveis para levantar.

– O que está fazendo? – questiona Igor.

– Preciso ir na costureira, ir na floricultura, confirmar a data no cartório, além do Natal estar chegando e...

– Mas o Robert... – começa Igor e eu o corto.

– Se o Robert pudesse, ele me guardaria em uma caixa, para eu não me machucar e ficar só com ele. Mas não funciona assim – afirmo e Diana concorda com a cabeça. – Tenho uma semana para preparar tudo. Já adiei demais.

Igor me ajuda a ir até o carro e vai dirigindo, e Diana pega minha bolsa.

Primeiro passamos no cartório e o casamento ficou confirmado para o dia 17 de dezembro. Depois passamos na costureira e meu vestido está ficando lindo. Antes era apenas um tubinho branco, mas como tudo ficou maior, meu vestido também ficou. Na floricultura, escolhi algumas flores para a festa e encomendei para o dia do casamento. No shopping, comprei uma árvore de Natal e enfeites. Voltamos para casa às quatro e Robert chegou às cinco. Diana e Igor foram embora e eu fui tomar um banho para o tal encontro com Robert.

Coloquei um vestido florido, meia-calça cor da pele, casaco nude, botas da cor café – só em um pé, já que o outro estava enfaixado –, touca e luvas azul anil. Ele estava de calça jeans e blusa social, com casaco e luvas pretas. Seu cabelo estava impecavelmente penteado e seu perfume invadia minhas narinas. Ele poderia fazer qualquer uma suspirar.

Ele se aproximou de mim, me deu um leve beijo e sussurrou no meu ouvido.

– Sei que saiu hoje a tarde – beijou meu pescoço e eu arrepiei – Mas não vou me zangar, se você aceitar meu pedido.

– Pedido? – falo com um fio de voz.

– Saberá depois. Vamos. – ele se afasta e eu bufo frustrada.

Ele pega minha mão e me ajuda a ir andando até o carro. Ele abre a porta para mim e me ajuda a entrar. Logo em seguida, ele entra no carro e em pouco tempo nossa casa estava distante.

Meu chefe (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora