Capítulo 5 (Degustação)

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Taverna

Encaro a planilha aberta em minha frente e a quantidade de números e fórmula que vejo me fazem sentir uma sensação semelhante ao orgasmo, são muitos dígitos, inferiores a seis dígitos e eu almejo por mais. Não é novidade que qualquer pessoa que esteja a frente de uma facção é que saiba administrar bem vai ter um retorno grande, seleciono os melhores funcionários para estarem ao meu lado e sempre fui bem observador antes de subir algum de cargo.

Tenho o poder do conjunto do complexo da maré que se distribui com mais de dezesseis favelas, cada uma movimenta mais um milhão por mês apenas com às drogas. Trabalho com tudo do bom, meu fornecedor é um dos melhores atualmente e toda novidade que trás para o Brasil vira festa nas minhas comunidades.

— Tá com o que pedi? — Pergunto ao Vinícius, mais conhecido como Touro devido aos chifres que levou da falecida esposa, mulher meteu gaia sem dó quando o moleque era pivete, hoje cresceu e trabalha lado a lado comigo como frente.

Não dá pra gerenciar tudo sem uma equipe e eu tenho na palma da minha mão uma das melhores, eles não sabem mas a minha confiança estão na mão deles e se eles bobear eu tenho o contato de todos da família deles e conheço um a um. Não aceito vacilação de nenhuma parte, se ousarem me trair não vai existir julgamento tampouco humildade nessa porra, vai ser retaliação com força.

— Tá na mão meu chefe. — Ele abre o mapa na minha frente, afasto as dobras e analiso todo o alemão a minha frente — A maquete vai tá pronta na segunda feira.

Dou risada dessa, olho pra ele que ajeita a jaqueta todo orgulho dele mesmo.

— Tô saindo com uma mina aí que tu tá ligado né? Mulher é arquiteta e sabe das coisas.

— Tu pediu uma maquete pra a mina?

— Não exatamente, desafiei ela me provar que é boa mesmo nas paradas e ela falou que termina essa segunda.

Dou risada com essa, gosto do Vinicius porque o filha da puta sempre tem história boa pra contar.

— Mapeou toda a região?

— Sim, mas só vamos conseguir ter mais ou menos um noção quando a maquete chegar, já que usar o drone lá não deu certo.

– Não, o drone ia dar muito na cara e o cara ia desconfiar de cara. — Analiso o mapa na minha frente pensando em pontos estratégicos onde ele poderia usar para ficar em pontos altos, minha missão para dominar o alemão seria descobrir onde eles ficam para poder exterminar um a um e ter o domínio do local. Estou planejando isso a meses, sendo cauteloso e minucioso nas minhas escolhas pensando com cuidado para nada sair como errado.

São milhões rolando lá dentro, e é da grana que eu sobrevivo.

— Segunda trás aí essa maquete, quero ver se a tua mina é boa como tu diz. — Ele abre um sorriso e esfrega as mãos animado.

— Espero viu, assim espero — Diz cheio de animação, dou é risada e ele não demora a meter o pé pra a goma dele.

Aquela noite, logo depois dele sair preparei a minha bolsa para que eu pudesse descer pegar a estrada. Hoje é domingo, amanhã normalmente fico resolvendo assuntos externos e a maré ficará sob a supervisão do Touro e Tonho. Com todos meus pertences necessários para um dia pego a chave da minha moto e me dirijo para fora da minha casa, meus funcionários estão ciente que na minha ausência ninguém entra na minha casa. Meto o pé até o galpão onde eu substituo a minha XRE300 pela SUV.

A estrada é lisa maior parte do percurso, as rodovias escuras me permitem pensar um pouco em como com encontrar eles assim que chegar na casa de campo. Faz tempo que não os vejo, tento sempre manter uma constância nas visitas mas as vezes meu tempo fica corrido demais, não consigo passar mais de um dia aqui mas apesar do pouco tempo para mim é o suficiente porque eu sei que quando eu for embora eles vão está seguros.

Infiltrado no seu coração Onde histórias criam vida. Descubra agora