Papapapa… a porta do meu quarto com Cendi estava sendo espancada. Dei um longo suspiro e quase chorei. Olhei para o relógio e eram 1h da madrugada.
Quando eu cheguei em casa e não o vi senti um alívio imenso no coração. Mas como tudo na minha vida tende a ser mais difícil, eis aí o desgraçado chegando agora em casa. Onde ele andou? Não faço a mínima ideia, mas de todo meu coração como gostaria que ele fosse e não voltasse mais. …Papapapa…
— Mamãe?— Cendi mexeu na cama.
— Está tudo bem, é o Hiran chegando.
— Abom mamãe! — Carinhei o seu rosto e ela novamente pegou no sono. Levantei com cautela, e fui até a porta.
'Força Yandra… muito força'. Girei a chave e lá estava ele. Como dizem, parei de frente ao Hiran, apelido de Albino. Ele é bonito, mas o caráter dele faz com que seja horrível.
— Estou aqui, Hiran pode parar de bater na porta. — Dei passos rápidos indo para a sala. Olhei-o e ele estava visivelmente bêbado.
— Você está bêbado? Aí solta o meu braço… — ele aperta o meu braço. — Solta Hiran.— Cadela, sabe que eu odeio você porque meu filho não está nesta casa.
— Solta meu braço, quer filho arrume uma mulher solteira e faça outro. Solte-me. — tento soltar, porém ele aperta mais. — Está doendo Hiran.
— Sabe que eu amo Darah. Nosso filho... você nos deve um filho.
— Estou forta… estou cansada, é Duany, os funcionários, você Darah, o mundo inteiro parece me odiar. Eu estou cansada disso tudo, quero uma vida minha! Solte-me agora Hiran. Aí… desgraçado… — ele gira meu braço. Respirei fundo. — Hiran se quebrar eu não vou mais poder trabalhar para pagar as contas. — Uso o que ele ouve. — Aí… — gritei ao bater o rosto no sofá ao ser empurrada contra ele. Segurei o choro como sempre faço e levo a mão ao meu rosto dolorido.
— É uma vagabunda mesmo. Sabe Yandra? — ele abaixou-se para me encarar. Com a mão no rosto eu não falo nada somente demostrei com o olhar o quanto o desprezo. — Não olhe assim para mim. Eu odeio esse olhar.
— NÃO…— dei um grito quando ele ergueu a mão para me bater. — Eu não vou mais te olhar. — com a mão no rosto eu abaixo a cabeça.
— Muito melhor , é assim que eu gosto de te ver. Cabeça baixa sabendo quem manda. — Cendi está dormindo.— ergui a cabeça com a mandíbula tremendo.
— Nem pense em chegar perto da minha filha.
— Olha o olhar desafiador. Yandra, abaixa a cabeça, sou eu quem mando. — engoli em seco e abaixei a cabeça.
— Hoje será a última vez que isso aqui acontece Hiran.
...Hahahahah… ele gargalhou. — Sério? A meu pai, você comeu bosta? — rosnou.
— Não comi nada, só estou farta. Eu não vou mais me submeter a isso aqui. Estou machucada novamente por causa de você.
— Que bonitinho, você está tentando fazer que minha consciência doa? Vou lhe falar uma coisa. Eu não tenho consciência. E Darah é igual a mim.—
Essas palavras deveriam doer, mas não dói, era para ferir, mas não fere. Eu não sinto mais nada quando se trata deles.
— Conte-me uma novidade? Você e ela são iguais a maldade os fez e ela os juntou.
— Hahahahah… Yandra, hoje você realmente quer apanhar? — Tirei a mão do meu rosto e com um sorriso desafiador.
— Bate Hiran, pode bater como o covarde que é! Pouco estou importando com isso! Foda-se você e Darah, cansei. — ergui-me do chão. — Acabou, eu não serei mais marionete de vocês dois. —
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DOCE ESCOLHA
RomanceUma escolha teve várias consequências, porém Duany McNill a fez em um momento de desespero. Duany salvou a filha da cozinheira indígena Yandra e perdeu seu filho biológico. Cendi nasceu e trouxe para o homem quebrado vários motivos para sorrir. A...