Cap. 15 Yake

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Após a euforia a voz da abodê é dirigida a minha pessoa:

— Yake, preciso falar a sós com você! — a avó chama
— Boa sorte, Herói. Kkk… — a implicância em pessoa chama-se Amana.

— Ra ra rá… engraçadinha. — sai de perto dela e segui até a tenda onde a avó adentrou e eu fui em seguida.

— Estou aqui abodê! —  os olhos negros dela olha-me cheios de carinho e preocupação em simutaneo.

—  Yake, agora que Yandra está de volta imagino que você irá tentar conquistá-la? —  passei a mão no meu enorme cabelo

— Está tão na cara assim?

— Grifado de vermelho, kkk… porém… — o seu sorriso fechou-se — Yandra não é para você Yake

— O quê, porquê fala isso?

— Yandra está sofrendo demais, desacreditada no amor e vê você como amigo. Ela o ama como amigo. Yake, sei que não percebe nem vê porque está cego tentando ter um amor não correspondido e com isso não vê que Amana ama-o. —  abri a minha boca em choque, e…

— Como abodê?

— Amana ama você Yake, toda aldeia vê isso menos você.

— Não, ela só ama como… — calei ao constatar que ela nunca falou que amava nem como amigo.

— Ela nunca disse que o amava como amigo, certo?

— Não, ela nunca falou abodê.

— Bem, agora que sabe vamos chegar onde eu desejo. — ela sentou-se no banco e eu tomei o banco à sua frente.

— Pode falar abodê?

— Yandra e Cendi não estão seguras aqui. — assenti — Yake, os mais velhos, o nosso cacique decidiram que para o bem do restante do nosso povo unir com os Yapãs da fronteira

— O quê? — dei um pulo do banco — Não, de jeito nenhum!

— Sente-se, eu não terminei de falar. — calei e sentei-me novamente — Éramos uma tribo grande e os brancos começaram a chegar e com isso fomos cada vez mais misturando a eles. Nosso sangue ficou mestiço e os poucos que restam ainda querem que nossa tribo siga como antes. Os votos foram unânimes. — ela suspirou

— Unânimes significa que a senhora também votou a favor?

— Exatamente, você sabe que enquanto eu ficar aqui Darah terá uma carta contra Yandra?

— Eu sei, mas acabar com a nossa tribo abodê?

— Não acabar, unir a outra e seguir como sempre foi. Só que…

— Quê?

— Amana tem pai branco, a mãe dela decidiu fazer visitas aos pais e ficar na cidade. Yake a Amana não poderá ir como faz aqui.

— Céus, ela ficará louca.

— Sim, ela vai ficar perdida sem poder ir e vir.

— Podemos vir até ela, abodê? .

— Não podemos!

— Como assim abodê?

— Yake, a mãe de Amana o pai dela, os mais velhos e o seus tios, viram que ela, bem, decidiram que você será marido de Amana

— Tá doido? Eu não, nem… —  comecei a xingar em nossa língua

— Respeite-me Yake! —  travei os lábios ao perceber desrespeitar o mais velho

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