Cap. 06 Duany

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Acordei relaxado e até bem disposto.
Pode achar um absurdo, mas aquela cadela numa cama não deixa nada a desejar e isso às vezes me irrita. Seria tão mais fácil se não tivesse atração sexual. Meu desejo era não tê-la mais aqui, mas a culpa me faz ceder a coisas demais!

Darah já era difícil de lidar, irritada, gênio difícil.
Entretanto, depois da perda do nosso filho ela se tornou intragável! Com meus pensamentos, fui para o banheiro tomar um banho demorado, desliguei o chuveiro, sequei e fui para meu closet em busca de roupas.

Peguei uma calça jeans preta e uma blusa social azul claro, cueca box branca e vesti, calcei tênis branco, penteei o cabelo…

— Não te ensinaram a bater antes de entrar em qualquer ambiente? perguntei encarando a mulher pelo espelho do meu closet.

— No quarto do meu marido eu não preciso bater!

— Depende do tanto que você me irritou na semana. Darah ontem você passou dos limites!

— Está assim irritado porque eu falei a verdade com a pirralha.— Tranquei a cara e virei-me para ela.

— Não chame Cendi de pirralha, ela tem nome se dirija a ela por tal.

— Não vai precisar mais defender a filha da empregada.

— Como?

— Estou grávida! Nós iremos ter o nosso filho.— Paralisei e passei a mão na barba

— Grávida, porra?

— Sim! Eu estou! — Darah afirmou  mostrando o sorriso de satisfação.

— Você fez isso para colocar a menina para escanteio, mas isso não vai acontecer, eu aceitarei a criança se for um menino, se for uma menina darei assistência,  mas não terei com ela apego como tenho por Cendi.

— Duany, culpa-me  como se eu o tivesse feito sozinha!

— Não estou te culpando, só estou deixando claro. Você usou de esperteza. Eu pedi para não tentarmos novamente!  Eu falei temer passar aquilo novamente.  Darah você realmente gosta de me contrariar? Fiz a pergunta puto da vida.

— Simples aconteceu, estou de 16 semanas! Sabe muito bem que transar sem camisinha ou com,  pode engravidar uma mulher, afinal você goza e é extremamente fértil— joga em mim a culpa, sabendo que eu não queria um outro filho. Ergui a cabeça,

— Você é mais velha que eu. Era para ser mais madura e olha só, eu tenho mais cabeça que você! Aquele filho eu desejei, este daí só aceitarei se for menino! Está avisada, sai daqui! Abri a porta do meu quarto para que ela fosse.

— Será um menino!— ela afirma e sai do meu quarto. Fechei a porta puto da vida.

— Inferno, como eu pude vacilar de novo? Ela calculou muito bem, ela quer tirar a Luz da minha vida! Darah quer se livrar de Cendi. Chega, eu não vou mais ficar inerte dentro dessa casa. Vou defender Cendi.

'E se for um menino?  Vou fazer vasectomia e por fim terei um casal. Mesmo Cendi não sendo meu sangue, tenho carinho por ela como se fosse minha.'

— Ti Du… Ti Du, eu chego. —Deixei todos os pensamentos para dar-lhe atenção.
Fui até a porta do meu quarto e lá estava Cendi vestindo um vestidinho rosa, com os cabelos presos em duas xuxinhas. Linda demais!

— Olá luz? — Ela sorri e ergue os bracinhos. Sorrindo e com o coração cheio de carinho peguei-a nos meus braços. Ela abraça meu pescoço, seu rostinho encosta no meu.

— Tava tom soudade.

— Eu também estava com muiita saudade!— Afirmei,  ela soltou-me e com a boquinha linda depositou um beijo carinhoso em meu rosto.  — Eu amo receber esse carinho.

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