Cap. 08 Duany

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As duas portas que abri não encontrei o infeliz, vi a blusinha de Cendi no sofá e sorri.  

— Céus, Cendi é minha! — Levei as mãos ao cabelo puxando com força. — Como pode enganar-me assim, Darah? — Ela se encolheu. — Estou falando com você porra! — dei um passo largo e parei em sua frente. — Fale, caralho! 

— Eu me apaixonei por você, tive medo de te perder, eu…

— Mentiu, me enganou e colocou Yandra na minha cama como se fosse você?  É esse é o amor que diz sentir?

— Eu não pensei por este lado, não tem direito de  julgar, eu fiz tudo por amor.

— Pessoas matam, ferem, roubam e destroem as outras dizendo ser por amor, mas a verdade é que são egoístas demais para aceitar que não amam a si mesmos!   Está criança que diz esperta é de quem? E não minta porque eu farei o DNA assim que este nascer! — Ela abre a boca e junta os punhos.

— É seu, eu errei uma vez, não sou burra para cometer duas vezes o mesmo erro!

— Será que não é burra, ou tem medo de perder a vida que luxo que vive? Roupas caras, carro, motorista à sua disposição, festas que vai, restantes caros e tudo que o dinheiro pode lhe proporcionar. Tem medo de perder isso, Darah? Aliás, você contou-me ser órfã, mas agora estou em dúvidas!

— Se você conhece a mãe de Yandra, você pode muito bem ser um monstro igual a ela e ter inventado tudo isso? Bem, pouco importo-me, afinal, ter menos pessoas tóxicas igual a você em minha volta me é um favor!  Peça todos os dias para esta criança ser minha, caso contrário, você verá o que é a influência de um homem como eu! Sai daqui e não toque em Cendi,  agora que sei a fonte de seu ódio por ela, vou lhe alertar, não tenho apego por esta criança em seu ventre que nem sei se é minha! Mas por Cendi, eu te mato você! Sai dessa casa agora. 

— Não irei sair! — Bate o pé. Agora que sei a verdade não mais serei idiota. 

— Quer que eu  tire-a  arrastada  pelos cabelos, Darah? Não bato em mulheres, repúdio tal ato, mas para um louco você deve sempre mostrar que é mais louco que ele! 

— Não precisa, irei sair! —  Ela passa em minha frente pisando alto. 

— Você não vem? — Parou na porta, porém só de lembrar que o desgraçado bateu na mãe da minha filha, não consigo sair sem mostrar-lhe como é apanhar. Ainda parado no mesmo lugar, gritei: 

— Amante de Darah, você bate em mulher e foge de mim? Saí, vamos resolver as questões de homem para homem.  — Esperei e nada de ele sair. Estou puto da vida, vou acabar com esse filho da puta. Fui até a porta onde estava Darah.

— Não! Está louco? — Gritou quando empurrei-a porta a fora e tranquei a porta.

— Pode sair agora somos só nós dois. — Ele não saiu. — Não vai fugir, seu desgraçado! — Eu estava bufando de ódio. — A minha filha viu a mãe machucada. — Juntei os meus punhos e abri a primeira porta. Nada de ele estar ali. Fui na segunda porta, sei ser um quarto. Girei a maçaneta e estava trancada. Cabei a rir pela covardia do infeliz — Filho da puta, esconde de mim?  — Juntei todas as minhas forças e dei um chute na porta ouvindo o barulho de ela caindo no chão. Puxei um sorriso e estalei os ossos do meu pescoço assim que vi a praga com os olhos arregalados. Agora é de homem para homem! 

Como um animal feroz parti para cima do Albino. Filho da puta! Dei uma rasteira tirando os seus pés do piso. Ele caiu, montei sobre ele, fechei os meus punhos. Direita, esquerda, os sons dos socos em sua cara eram músicas para os meus ouvidos. Ele tentava empurrar-me, sou maior e mais experiente em lutas que o moleque. — Bate numa mulher desgraçado e não sabe defender-se de um homem? —

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