capítulo 15| inimigo

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Flórida- Estados Unidos

Quatro horas, porra! Quatro horas de viagem, e eu não consegui fechar os olhos em momento algum, minha mente temia fecha-los e ao abrir encontrar o meu inimigo. Depois que saímos da Itália, peguei um vôo para Miami e mais um para a Flórida que durou mais dez horas, porém a sensação de estar em frente ao lugar que agora vai ser só meu, me deixa em êxtase.

Papai poderia ter escolhido uma casa menos esquisita, mas que se foda! É presente e o mais importante minha.

Minha nova residência é uma casa americana comum. Possui dois andares, uma trilha de degraus que me leva a fachada que possui algumas árvores que se não forem podadas de maneira correta a esconderão, o jardim estava mal cuidado no entanto tem algumas flores bonitas o enfeitando, a varanda sustentada por grandes colunas possui uma grade pequena pintada de preto, as paredes em branco gelo, e as janelas quase do mesmo tamanho das colunas estão todas abertas, incluindo as do andar de cima.

Havia fumaça vazando pela chaminé.

Percebendo a rusga de confusão e preocupação em meu rosto, Ângelo se apressa em me responder.

__ desculpe senhorita, o senhor Ferrari mandou uma equipe de limpeza para cuidar da casa e a deixar como a senhorita deseja. __ explica e concordo com a cabeça, subo os degraus,  apenas giro a maçaneta e encontro um grupo de cinco pessoas andando de um lado para o outro, preocupados com seus afazeres, fito o piso de cerâmica branco com flores azuis, ergo os olhos e me concentro no lustre enorme sobre a minha cabeça com cristais adornando as laterais.

__ senhores! __ Antônio toma a voz, e o grupo cessa os passos para prestar atenção em nós.

__ esta é a senhorita Isabella Ferrari, o seu quarto já está pronto? __ pergunta e um homem baixinho vestido de roupa comum assente.

__ ótimo! Continuem os afazeres essa casa tem que estar pronta dentro de algumas horas. __ anuncia. __ venha, irei leva-la ao seu quarto. __ convida, e segue pela escada luxuosa da casa e tenho até medo de deixar a marca da minha digital no corrimão dourado.

Papai sempre um poço de modéstia, eu avisei que seria melhor um apartamento, mas ele me convenceu a aceitar esta casa, e como não havia outra escolha apenas concordei.

Antônio abre a porta e me deparo com um quarto exatamente como o meu na Itália.

Sorrio, vendo o meu espelho, uma cama idêntica a minha, ando mais um pouco para dentro e vejo meu espaço favorito no mundo.

O closet!

__ obrigado Ângelo, daqui eu assumo.

__ claro senhorita, tome banho e quando terminar já não haverá mais ninguém aqui, e devo informar que o jardineiro vem podar as árvores amanhã, como já deve ter percebido, se não for feito elas podem esconder a casa ou até mesmo cair sobre. __ explica.

__ claro, pode ir, diga ao meu pai que amei o presente e que ele de modesto não tem nada. __ falo e o homem de olhos castanhos sorri.

Fecho a porta assim que ele desaparece pelo corredor, vou até a janela e respiro fundo.

Ar fresco.

É delicioso.

Daqui eu tenho uma visão privilegiada de quem vier me visitar, noto que alguns dos funcionários já estão deixando a casa, retiro minha roupa e sorrio maliciosa por ter a certeza que não há a porra de árvore perto da minha janela, caso o cretino descubra minha localização.

Entro no box e solto um gritinho animado ao notar uma banheira, coloco-a para encher e em seguida deposito sais de banho e ao notar as espumas entro na água e sorrio satisfeita com a temperatura.

A Herdeira: Família Ferrari - livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora