capítulo 16| proibido

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" vai embora da minha casa"

" acho um absurdo, estarmos trocando mensagens, quando podemos quebrar essa distância e conversar pessoalmente "

Cretino, idiota!

" não quero quebrar distância alguma, vá embora idiota "

Olho para a sua sombra e lhe mostro o dedo do meio, posso jurar que vejo um esboço de um sorriso através das sombras que cobrem seu rosto.

" uma pena não me convidar para entrar, terei que fazer isso sozinho "

E quando cogito a ideia dele entrar em minha casa, o desgraçado se vira e vai embora.

Respiro fundo e me levanto apressada, subindo para o meu quarto, fecho as janelas e tranco a minha porta, deito na cama e fecho os olhos desejando que toda essa merda de conversas que não nos levarão a nada fossem esquecidas.



Sinto um toque suave em minha pele, acariciando minhas costas nuas e sinto os dedos trilhando um caminho perigoso até minha bunda.

Ofegante aprecio o toque, mas forço o corpo para me virar, no entanto a pessoa que me acaricia, me mantém de bruços sobre o colchão, separa minhas pernas e a sua mão aperta minha coxa.

__ fique assim. __ a voz profunda e grave sussurra próximo ao meu corpo, tão perto que senti seu hálito beijando a minha pele. Os dedos resvalam sobre a minha intimidade e  sinto-me  molhada, o polegar acaricia meu clitóris e arfo baixinho.

Solto um gemido e dois dedos se afundam em minha entrada, fazendo-me tremer, a mão tão firme empurrando minha costa e a outra deslizando em minha boceta.

O toque se intensifica e meus mamilos se endurecem mais, o ápice se aproxima e meus gemidos se tornam mais altos e quando o polegar acaricia o clitóris eu me deixo ser consumida.

__ ah Deus!

__ não é ele quem está te tocando ma belle.






Abro os olhos desesperada e coloco uma mão em minha têmpora, massageando o local e deixo que a vergonha consuma cada poro do meu corpo, quando vejo e sinto o meio das minhas pernas totalmente descobertas a camisola havia subido e eu me toquei, me toquei pensando no maldito que nem imagino como seja o seu rosto agora.

E porra! Foi tão bom.

Quando a minha respiração normaliza,  encolho-me no colchão e me assusto ainda mais quando vejo a porcaria do lírio branco bem ao lado do meu celular.

E no instante seguinte a tela acende mostrando-me uma mensagem.

Poderia ter receio de ler? Sim, mas porra, eu sou uma idiota, seguro o celular e clico na mensagem.

Filho da puta!

" eu queria ter ficado e assistido o show, mas tive que resolver alguns problemas "

Ele viu, mas como diabos ele viu?

" você está me espionando de novo? "

" eu nunca parei "

Ok, isso foi direto.

" como consegue entrar na minha casa?"

" me chame para um café e eu respondo suas perguntas"

Ele só pode estar brincando com a minha cara.

" Gabriel me esquece, em Camorra não tem outras mulheres para você ficar perseguindo feito um stalker idiota?"

Demorou alguns minutos até que a resposta chegasse.

" eu ainda vou ouvir o meu nome em sua boca, e para onde vou te levar não tem nenhuma que se iguala a você querida "

Só posso ter atirado pedra na cruz na outra vida.

" faça alguma coisa útil, arrume uma mulher e vá fode-la, é o que pretendo fazer em breve "

Idiota!

Talvez se eu dissesse que fosse transar com o outro ele perdesse o interesse em mim.

" tutto bene ma belle, foi você quem mandou"

Mandei? Mandei o quê? Dio mio! Eu mandei ele ir atrás de uma mulher, mas ela não precisa ser eu, não deve ser eu.

Jogo o celular sobre a cama e amasso o lírio o jogando na lixeira do banheiro, lavo meu rosto, arrumo minha camisola e desço imediatamente para trancar a minha casa.

Porra! Vou pedir ao papai que me dê alguns seguranças, não posso deixar que esse homem faça o que quiser comigo, como se fosse meu dono.

Ele que se foda.

Sigo até a porta de entrada, e ela está fechada, as janelas também, então como o filho da puta está entrando aqui?

Nervosa, subo novamente e sigo para a cozinha, preciso de um porre.

Estela indica que bebidas são ótimas fugas para problemas e nesse momento é tudo que preciso.

Abro a adega e sorrio maravilhada ao notar whisky de todos os tipos e valores, pego o favorito do meu tio, assim que seguro a garrafa e me viro para pegar o copo meu corpo entra em choque com o homem do outro lado da ilha, totalmente coberto, parecendo a porra de um anjo da morte.

Mas não me deixo intimidar, se ele achar que tenho realmente medo dele, as coisas vão fugir ainda mais do meu controle.

__ vai embora da minha casa ... eu não sei que direito acha que tem de estar aqui, ou de entrar em minha vida sem ser chamado. __ ralho abrindo minha garrafa de Bourbon e tomo pelo gargalo sem me importar com o cretino invasor.

__ você! __ a voz grave ressoa pela minha cozinha e quase me engasgo com a bebida.

Franzo o cenho em uma expressão confusa, e só quero que abaixe esse maldito capuz e mostre a porra da cara.

E entendendo a minha confusão ele prossegue.

__ você me convidou até aqui ma belle, me mandou procurar uma mulher, e eu jamais tocaria de livre espontânea vontade em outra mulher que não fosse você. __ explica e abaixa o capuz.

E foi como um receber um grande tapa na cara.

Eu ... porra ... eu estou em estado de choque.

Ele não só não pintou o cabelo, como agora os fios loiros estão em sua barba por fazer, os olhos frios e distantes mas de alguma maneira sórdida há um brilho neles, as esferas azuis em nuances claras e escuras, me fitam como se pudessem ver a minha alma, e acima da sobrancelha direita tem um nome escrito.

Vai se foder, não pode ser o que estou lendo.

__ o gato comeu a sua língua ma belle.

A Herdeira: Família Ferrari - livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora