A Herdeira: Família Ferrari - livro I

capítulo 96| terror

Perfeito!

Falamos quando provamos nossos sabores favoritos unidos, a porra de uma combinação perfeita.

Eu só não imaginava que, estaríamos os dois andando em alta velocidade em direção a algum lugar no qual não faço ideia, mas deixo que me leve, porquê confio no meu noivo de olhos fechados.

Só que existe um pequeno detalhe que não contávamos, o tempo está fechado e provavelmente irá chover.

__  se agarre em mim.

Nem precisa repetir, aperto minhas mãos em volta da sua cintura e o abraço, pouco a pouco, as gotas começam a cair, uma chuva fina que minutos depois se torna intensa.

__  faltam alguns quilômetros para chegarmos? Quer parar ou posso seguir em frente?

Está chovendo forte, e a ideia da moto derrapar faz meu coração acelerar.

__  siga em frente. __ declaro e sei que está sorrindo.

__  tão previsível.

__  cala a boca e dirige.

Acelera mesmo com a chuva dificultando nosso caminho, me agarro ao seu corpo como se minha vida dependesse disso. Ele faz zigue-zague na pista e o medo se mistura a adrenalina e ambos correm na minha veia, deixando-me em alerta, suspiro baixinho ansiosa para que o nosso destino seja alcançado logo e parecendo ouvir as minhas preces, Gabriel para, descemos da moto e não tenho tempo para saber onde estamos, apenas adentro o bangalô mais luxuoso que já vi.

__  por que estamos aqui? __ questiono ao tirar a minha jaqueta e usar os braços para me aquecer.

Ele segue em silêncio até a lareira e não encontra dificuldade para acendê-la, retira suas roupas e fico estática contemplando o monumento a minha frente trajando uma cueca preta.

__  querida, adoro saber que me venera tanto quanto faço com você, mas se continuar aí, vai pegar um resfriado, venha se aquecer vou pegar cobertas.

Sorrio, retirando a blusa, seguida do sutiã, logo depois a calça, ficando apenas de calcinha.

Esfrego os braços, e sinto o calor da lareira me aquecendo.

__  você é uma visão e tanto amor. __ sussurra atrás de mim, entrega-me a coberta, aproveito para me aquecer sentando junto à ele no sofá reclinável.

Analiso o lugar onde estamos, e é incrível as paredes são de vidro e madeira, nunca imaginei o Gabriel em um lugar tão exposto quanto esse, porque daqui conseguimos ver a chuva torrencial que cai lá fora.

Eu adorei, mas não sei se estamos seguros em um lugar assim.

__  estamos seguros, os vidros são a prova de bala, fumê e o bangalô inteiro possui isolamento acústico, estamos num cubículo e ninguém pode nos ver, tão pouco ouvir.

__  o lugar perfeito para matar alguém.

__  sim, mas é perfeito para outra coisa. __ me abraça e sua ereção toca minha barriga.

__  você já tinha tudo planejado seu cretino?

__  amor, eu não me lembrava da prova de bolos, minha real intenção era tirar você de casa e trazê-la para cá o mais rápido possível.

___  acredito.

__  aceita uma nova experiência?

A proposta indecente e o pau roçando em meu abdômen não me deixa pensar direito.

Foda-se!

__  sim.

__  ótimo, venha. __ levanta, deixando a coberta de lado, estende a mão para mim, aceito e também sigo seminua com ele pelo corredor  apenas para alcançar uma porta.