Por meu Filho - VI

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Aviso; Conteúdo+18

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Aviso; Conteúdo+18

A brisa  soprava fria pela planície, levantando poeira enquanto o grupo de indígenas se preparavam para guiar o rebanho de gado pelas imponentes montanhas que se erguiam ao longe, depois daquilo, estariam em casa. Os cavalos relinchavam com impaciência, a tensão no ar era palpável, mas também havia uma sensação de dever a ser cumprido.
O rebanho, se movia lentamente, seguindo o ritmo natural das trilhas e caminhos estreitos que serpenteavam pelas montanhas. As vozes dos indígenas  ressoavam pelo ar, dando comandos suaves e precisos para direcionar o gado em uma única direção. Os cavaleiros mais hábeis arriscavam-se a beira da trilha, ajudando  a corrigir o curso de algum animal desgarrado, mantendo o grupo coeso e organizado.

Elena olhou em volta preocupada, apesar de não entender muito sobre rebanhos, sabia que animais eram extremamente voláteis e assustados, se qualquer motivo os fizesse disparar por aquela subida ingrime, despencaram montanha abaixo e certamente levariam algumas vidas com eles. Porém o grande espírito pareceu dar-lhes uma travessia calma e segura.

Finalmente, alcançaram o topo da montanha, onde o horizonte se estendia em uma visão magnífica de vales e planícies infinitas. Alguns membros da tribo já aguardavam ali para ajudar na descida até a aldeia, trazendo alívio para a jornada tensa que haviam enfrentado.

No vale, foram recebidos com festa, sorrisos de alegria e alívio, dentro de algumas horas a fartura seria dívida e todos poderiam comer até sentirem-se saciados, algo que não aconteceu durante todo o inverno.
Depois de cumprimentar Wewomi com beijos na bochecha e ver a garotinha se enroscar ansiosa nos braços do pai, exausta e coberta de poeira, Elena seguiu em direção ao rio.

Gostava de banhar-se na parte alta, junto a cachoeira onde um pequeno lago de águas profundas se formavam e depois descia rigoroso pelas pedras. Contemplou -o com nostalgia e apesar de saber que a correnteza devia estar extremamente fria, não via a hora de adentrar a água, adorava a sensação de liberdade que ali desfrutava.
Com um leve sorriso no rosto, ela começa a desatar os laços do vestido e soltar os botões do espartilho, cada movimento, revelando um pouco mais de sua pele à medida que as roupas caem, formando uma pilha azul no chão. A qual ela olhou com certo pesar, a cor já um tanto suja do vestido caríssimo comprado com tanto carinho pela tia Augustine, a qual ela sequer se despediu. Doía não poder perdoá-la, apesar de entender que assim como ela, Augustine não teve muita escolha depois de Armand ter colocado os olhos nela e decidido que seria sua esposa. Porém seu tio era um marido exemplar e ela cresceu vendo um casamento recheado de amor e cuidado, cresceu ouvindo Augustine gabar-se do quão sortuda era em ter um marido como Armand e em ter encontrado a paixão dentro de um casamento, porque diabos ela teria feito algo que certamente partiria o coração dele em pedaços? E por mais que não nutrisse sentimentos de esposa por Andrew, Augustine não sabia disso e mesmo assim, entregou-se a ele sem medir as consequências.

Quando finalmente terminou de se despir, ela se aproxima da margem do rio. A água, refletindo sua imagem como um espelho, o sol que já caía no horizonte pincelando tons avermelhados ao azul já escurecido pelas sombras que anunciavam o fim do dia. Em seguida mergulhou,  sentindo a sensação revigorante da água gelada em sua pele, emergindo sobre o manto azul, deixando o corpo boiar guiado pela correnteza leve.

A filha do General - EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora