5 - Stop.

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Dias atuais

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Dias atuais.
- Sicília, Itália

Eu odeio ser ignorada.

A pessoa pode me xingar, se quiser até gritar comigo, mas me ignorar? Não, é uma porra que detesto com todo o meu ser. E Belchior soube muito bem usar isso contra mim, descobriu pela minha simples linguagem corporal o quão eu abomino esse ato. Mas ele vai pagar, você colhe o que planta e, ele já plantou muita coisa ruim, eu irei fazê-lo colher todas elas.

Depois que ele saiu indo para a linha de partida, fomos atrás. Eu quero ver essa derrota dele, se bem que algo dentro de mim grita dizendo que isso é impossível, até porque a única pessoa capacitada o suficiente para ferir o orgulho dele e deixar ele como o miserável que é, sou eu. Claro que estou falando em relação as corridas, entretanto, mais cedo ou mais tarde isso se passará para a vida pessoal dele.

Eu simplesmente amo esse cheiro de pneu queimado, amo ouvir os sons dos roncos dos motores, é como se fosse essa a minha segunda casa, aqui é onde me sinto livre, onde sinto que meu espírito descansa, sem preocupações diárias, sem brigas de família, apenas eu, meu carro, a rua e a velocidade. A velocidade que me faz querer viver e morrer.

Mal vi quando Deimons saiu, mas pelo aparentar ele foi o primeiro, pegando vantagem, como ele sempre faz, o que é um erro quando se compete com alguém mais experiente. Belchior, você não aprende mesmo, não é?

— Vamos para o ponto final, já não dá para ver mais nada daqui. - Mads falou e nós três concordamos, a seguindo.

Minha cabeça está aqui e não está, ao mesmo tempo. Queria muito estar nessa pista competindo contra todos eles, mostrando que a corredora fantasma voltou, mas não é a hora, não agora, tem muita coisa acontecendo, coisas ligadas a Deimons e, eu não posso dar nenhuma mancada. E outra, eu tenho certeza que quando eu surgir, vai ser algo prazeroso.

Ainda fico me lembrando de Miguel e, em como ele havia me chamado. Little Ghost, eu sei que ele sabe de mim, mas ainda não entendi porque ele não falou para o seu amiguinho.

Pode ser que ele queira usar essa carta mais para frente como um benefício, ou que ele queira uma troca de favores, ou, a opção menos viável que não se encaixa em minha mente, ele é legal. Legal, nossa, ninguém da gangue de Belchior é "legal".

Vinte minutos se passaram, e o Corvette de Deimons apareceu dando um meio círculo fazendo a fumaça sair dos pneus, transformando tudo em um lindo filme. Ele ganhou, eu sabia, apesar de não querer admitir, mas sabia que ele ganharia. As pessoas foram correndo até o mesmo assim que ele saiu de dentro de seu carro e, eu apenas revirei os olhos, que desnecessário.

O moreno caminhou até nós, com sua típica pose inabalável, me fazendo ter um breve deja vu de anos atrás, torci o nariz fazendo uma careta e dando um passo para trás, não sou amiga dele, não tem o que eu lhe parabenizar. Kyan foi o primeiro a pular nele, o sorriso imenso no rosto de felicidade pelo amigo ter ganhado. Todos sabiam que ele seria capaz, mas ainda assim reagem como se fosse algo novo.

ETERNALLY (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora