8 - The Serpens.

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Uma semana depois

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Uma semana depois.
- Sicília, Itália.

Antes da gente ir para a aula, Mads e eu decidimos passar em uma cafeteria para comermos, tanto eu quanto ela queríamos conversar e eu sinto que essa conversa vai ser bem longa, não conseguir sair de casa pelo simples fato de não ter para onde ir e não queria pedir ajuda de Madelyn, sei que ela já possui seus problemas, não quero pôr os meus para a sua vida, fora que meu pai me caçaria até na merda do inferno.

Estou melhor, melhor na medida do possível, as marcas em meu corpo causadas pela agressão estão desaparecendo, mesmo que de maneira lenta, meu pai não está falando comigo, o que eu acho ótimo, nem um comprimento cordial damos um para o outro, e espero que seja assim até o dia que eu sair daquela casa e ir para a minha própria, mas a minha mente está uma zona, uma completa zona.

Mexi meu café colocando um pouco mais de adoçante esperando Mads vim para seu lugar, olhei na direção da morena vendo ela vim até mim com um pedaço de bolo, Scott se sentou à minha frente com um sorriso fofo de quem vai aproveitar muito o bolo de chocolate. Arqueei uma sobrancelha com a felicidade dela e acabei soltando uma risada baixa.

— Como você está? — Mads perguntou, o tom de preocupação em sua voz é bem notável e isso me deixou feliz, sim, feliz. Por saber que de fato minha pequena Madelyn se preocupa comigo.

— Estou bem — Respondi e a mesma me encarou com uma sobrancelha arqueada — De verdade, claro que posso estar com pensamentos ruins, mas estou melhorando a cada dia que passa — garanti a ela, mas é claro que a morena não acreditou em mim, bufei revirando os olhos — Estou tentado ficar bem, é complicado isso tudo, porra, eu fui parar no hospital — falei passando as mãos em meus cabelos os bagunçando — Estou com mil coisas na cabeça, mas fazendo o possível para não surtar esse tempo todo, saber que você está aqui é o que me deixa feliz, estou pensando em como sair de casa sem que eu sofra algo de novo, sem que um louco venha atrás de mim.

As palavras saíram de forma tão rápida de minha boca que quando eu parei percebi que estava sem ar, puxei o mesmo para meus pulmões respirando profundamente, os olhos verdes de Scott me analisavam, como se descobrissem cada canto sujo e bonito de minha alma, ela sempre faz isso, mas também esses mesmos olhos me traziam conforto, a paz de um verdadeiro lar.

Preciso pensar mais em mim, preciso de verdade sair daquela casa, não posso pensar em minha mãe nesse momento, tenho que pensar em mim, me colocar como prioridade, tenho que lutar por mim e pela minha sobrevivência.

— Você é forte, sabia? — Sua voz doce soou de maneira calma atraindo meu olhar para a mesma — Fiquei muito preocupada quando Deimons me falou que estava no hospital, meu mundo desabou quando eu lhe vi naquela cama totalmente machucada — ela suspirou — Lembra da ideia sobre você vim morar comigo? Você ainda pode, pode vir morar comigo, a oferta estará de pé até mesmo depois da morte, não entendo porque não quis minha ajuda, e também me desculpa por não ter tirado você daquela casa, eu deveria ter feito isso, invadindo e ter lhe tirado de lá.

ETERNALLY (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora