7 - Traitor.

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Uma semana depois

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Uma semana depois.
- Sicília, Itália.

— PORRA, VOCÊS SÃO INÚTEIS! — Gritei de forma extremamente irritada para eles, eu dou apenas um serviço, um simples e pequeno serviço; definir o novo designer do prédio. Aí eles não conseguem pensar em nada que possa agradar aos olhos nus dos clientes, qual o intuito de eu ter funcionários assim?

Ky que está sentado ao meu lado direito brincava com uma caneta a movimentando de um lado para o outro, olhando para o pessoal com uma cara cínica, como quem diz: ainda bem que não estou na pele de vocês. Isso me fez revirar os olhos e passar as mãos em meus cabelos, paciência é uma coisa que eu não tenho e ultimamente as pessoas tem me testado para perder o último fio de esperança dela.

Os olhares nervosos se intensificaram, mas ninguém ousou falar, todos sabiam que eu não estava disposto a ouvir mais desculpas. A sala grande está composta por Afroudo o arquiteto responsável por esse novo prédio; Franchesco, o meu engenheiro e Cortéz um dos engenheiros especializados, ele trabalha na parte hidráulica.

— Senhor... — começou Cortéz, visivelmente apavorado. — Estamos trabalhando em algo novo, mas...

— Mas o quê? — Cortei, com um tom gélido. — Outra ideia medíocre? Outra tentativa de me impressionar com algo que só serve para projetos de amadores? —  Ky soltou uma risadinha discreta, suficiente para que o Cortéz percebesse que não havia salvação naquela sala — Vou simplificar para vocês — falei, voltando a minha atenção para todos na sala. — Eu não quero ver mais nada até que tenham algo que valha a pena. Algo que, quando eu olhar, eu sinta que cada centavo investido valeu a pena, não me façam perder o meu tempo novamente.

O silêncio era ensurdecedor, o medo quase palpável no ar, e pior, sabiam que Ky estava se divertindo às custas deles, mas também como não se divertir? eles parecem que são burros, eu sei que nessas cabeças a inteligência predomina, mas hoje eles tiraram a ideia do esgoto.

O arquiteto Afroudo deu uma tossida se mexendo de forma desconfortável na cadeira, o olhei na mesma hora arqueando uma sobrancelha esperando ele se pronunciar, eu sei que ele quer falar.

— Senhor, se me permite... — Afroudo começou, visivelmente nervoso. — Eu tenho uma proposta alternativa que pode não ter sido considerada. Talvez, possa não apenas resolver as nossas questões, mas também trazer um frescor ao projeto.

— Você tem exatamente cinco minutos para convencer-me de que sua ideia não é apenas mais uma perda de tempo, e, por favor, evite nos atrasar ainda mais com conceitos vagos — o homem concordou com a cabeça.

Afroudo engoliu em seco e ajeitou os papéis diante de si, como se estivesse reunindo coragem e foco para apresentar sua proposta.

— Certo.  — ele começou tentando ganhar confiança, o que me tirou um sorriso ladino — Nossa equipe desenvolveu um conceito inovador que incorpora elementos de sustentabilidade e modernidade, em vez de optar por um design tradicional, estamos propondo algo que se integra com o ambiente ao redor do prédio, utilizando materiais recicláveis e soluções energéticas eficientes. O objetivo é criar uma estrutura que não apenas se destaque esteticamente, mas que também seja um exemplo de responsabilidade ambiental e inovação.

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