The Jerk Next Door

25- Não confie em recém habilitados

Guk Saemi's point of view

Saí do elevador indo em direção a meu apartamento, peguei minhas chaves no bolso da saia antes de perceber que a porta já estava destrancada. Eu não sabia que a minha mãe estaria em casa, na verdade eu achava que ela estaria trabalhando, mas quando abri a porta, vi minha mãe sentada no sofá assistindo algum reality show questionável.

—Mãe, eu estou em casa.— Avisei fechado a porta atrás de mim.

—Ah, você já chegou.— Ela se levantou em um pulo. —Já vou fazer o jantar e te chamo quando tiver tudo pronto.— Minha mãe se espreguiçou e desligou a televisão.

—Beleza.— Tirei meus tênis deixado-os próximos a porta. Eu estava a caminho do meu quarto quando minha mãe me interrompeu.

—Ah, eu quase esqueci.— Ela disse me fazendo parar. —O aniversário do Minho é neste domingo, mas a festa vai ser no sábado já que o senhor e a senhora Lee têm que voltar para a cidade deles no domingo.

É nesse momento que eu me pergunto: "e como ele vai esconder o Soonie?"

—Sim, entendo.

—E eu queria saber sobre o que o Minho gosta, pra comprar o presente, sabe?

Fiquei algum tempo em silêncio, do que o Minho gosta? Fora me importunar, estrelas e gatinhos eu não tinha ideia do que mais ele poderia gostar.

—Não sei... Ele gosta bastante de gatinhos.

—Gatinhos, huh?— Minha mãe pensou um pouco. —Valeu, Sae, vou comprar algo pra ele amanhã.

Acenei com a cabeça enquanto ia até meu quarto, me questionei sobre o que minha mãe compraria para Minho. Mais um gato? Uma pelúcia? Uma camisa com um gatinho estampado? Eu não tinha ideia, mas estava ansiosa para descobrir.

Eu estava apenas trocando de roupa em meu quarto quando uma ideia surgiu em minha cabeça. Eu decidi que daria uma pintura para o Minho, já que primeiro: era o aniversário dele, segundo: eu tinha quase certeza que o presente da minha mãe seria um tanto questionável, aliás, eu estava tratando essa pintura como algum tipo de "oficialização" do nosso trato.

Havia dois pequenos empecilhos: eu não tinha ideia do que eu poderia pensar e aparentemente só tinha cinco dias para fazer isso. Respirei fundo juntando toda a criatividade que me restava e meus materiais de pintura enquanto encarava a tela.

—Tudo bem... Eu vou fazer isso.— Murmurei para mim mesma.

(...)

Era sábado pela a manhã e eu não poderia acreditar no que estava na minha frente. Parece que passar a noite de sexta-feira pintando valeu bastante a pena. A pintura se tratava de um céu noturno repleto de estrelas e um gramado verde onde duas pessoas estavam deitados e caramba, de alguma forma, eu tinha feito um ótimo trabalho. Claro, aquilo era claramente inspirado no lugar onde ele me levou naquela madrugada e a intenção era realmente deixar isso bem claro.

Deixei a tela um pouco de lado enquanto pensava sobre como faria para embrulhar aquilo, em casa nós não temos embrulho para presentes e nem tenho ideia de como faria aquilo sem ter embrulho. Eu decidi sair para comprar, vesti a primeira camiseta que vi pela frente com um casaco, calcei um par de tênis e finalmente saí do meu quarto com um pouco de dinheiro que restava da minha mesada. Quando estava prestes a sair, minha mãe entra pela a porta com um sorriso animado e uma sacola em mãos.