39- Operação paradise

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Lee Minho's point of view

Vi uma multidão se formar ao redor do quadro de avisos, passei por toda aquela gente e tentei passar por todos eles, eu ouvia um murmúrio sobre Hyunjin e isso sinceramente me assustou bastante. Ao chegar no meio daquela baderna, vi Boram na frente de Saemi, as duas se encararam em silêncio por alguns segundos para que então a Guk finalmente falasse alguma coisa.

—Eu... Eu... Eu...— Ela disse, parecendo estar muito nervosa. —Me desculpa.

Antes que qualquer uma das duas emitissem qualquer som, Saemi saiu correndo de lá. Meu coração se apertou, eu queria simplesmente sair correndo e abraçar ela, eu não tinha certeza, mas sabia exatamente o motivo de tudo aquilo. Dei um passo a frente, mas alguém agarrou o meu braço antes que eu pudesse ir até Saemi.

—Não vai atrás dela, ela precisa de um tempo sozinha.— Kaeun falou enquanto soltava o meu braço.

—Mas eu tô preocupado com ela...— Minha fala foi interrompida.

—Tem como algum de vocês dois me explicar o que diabos está acontecendo?— Boram cruzou os braços enquanto olhava para nós dois.

—É uma história complicada, mas a gente vai te explicar tudo.

(...)

—E na última segunda a Saemi apareceu chorando e disse pra mim que ele tinha forçado ela a beijar ele.— Expliquei tentando manter minha calma, mas a única coisa que eu queria fazer era bater no Hyunjin.

Boram levantou da cadeira do refeitório em que ela estava sentada e bateu na mesa revoltada.

—E por que ela não me contou isso antes? Como o Hyunjin esteve assediando ela por todo esse tempo e ela só contou isso pra vocês dois?

—Ela tinha medo de que você não acreditasse nela e achasse que ela só estava tentando acabar com o seu relacionamento, você sabe como a Saemi pensa demais.— Foi a vez de Kaeun de falar

—E praticamente ela não me contou sobre isso, eu descobri sozinho.— Acrescentei.

—Meu Deus! Agora toda a escola tá chamando ela de vadia e é tudo minha culpa.— A Choi colocou as mãos na cabeça enquanto se sentava na cadeira novamente. —O que a gente faz agora?

—Não é culpa sua, Boram e eu já tenho um plano.— A Yoo disse, passei a prestar mais atenção nela.

—Que plano?

—Minho, vamos precisar de você pra isso.— Kaeun afirmou e as duas passaram a olhar fixamente para mim. —Você é vizinho dela, então vai ser mais fácil com você.

—O que eu tenho que fazer?

—É só conseguir o celular dela, a senha é paradise, você vai atrás de qualquer evidência do assédio que ela tenha, conversas, fotos, qualquer coisa. Você só precisa mandar tudo o que você encontrar para o meu número e depois apagar as mensagens e as capturas de tela pra que ela não descubra, eu dou um jeito no resto, me entendeu? Consegue fazer isso?— Elas duas olharam para mim como se eu estivesse prestes a responder a pergunta mais importante de toda a minha vida.

—Eu... Eu acho que consigo.— Falei e as duas comemoraram.

—Isso! A gente tá contando com você.

(...)

Tive três dias para pensar, mas nada se passou pela minha mente, nada bom o suficiente para ser colocado em prática. Era sexta-feira e eu estava bebendo na frente de uma loja de conveniência com Changbin, foi só uma garrafa de soju que comprei usando a identidade de Jiwoong para me passar por um maior de idade, pensei que as pessoas bêbadas geralmente eram mais criativos.

The Jerk Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora