14- Bêbado

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Guk Saemi's point of view

Yurim entrelaçou seu braço no meu enquanto estávamos caminhando de volta para casa, alguns minutos após a ida dos Lee. Nenhuma de nós dizia nada, ela apenas me olhava com um sorriso esquisito no rosto, o que me deixou um pouco confusa.

—Você parece ter se dado bem com o Minho.— Eu disse.

—A gente até que se deu bem.— Ela respondeu enquanto seu sorriso sumia. —Mas acho que não tem como ele estar afim de mim.

—Sério?

—Uhum.— Seu sorriso voltou. —Eu acho que ele tá afim de você.

—O que?— Eu indaguei em choque.

—Ele tá afim de você sim! Minha intuição nunca falha!— A Kim afirmou confiante. —A gente conversou por um tempo, e todo o assunto sempre acabava em você. E o sorriso que ele dava toda vez que você aparecia dedurava tudo.

—Não brinca com essas coisas.— Dei uma risada nasal. —Eu e o Minho nos odiamos, esqueceu?

—Se odeiam uma ova! É tudo amor incubado!

—Ficou louca? Eu nunca gostaria de alguém como o Lee Minho!— Eu disse. —Acho que vou te internar depois dessa.

—Você só não quer aceitar que eu tô certa!

(...)

Eu estava observando Yurim se maquiar encostada na porta do banheiro. As circunstâncias estavam ao nosso favor, minha mãe nunca nos deixaria sair tão tarde da noite, mas ela tinha viajado com a Seola e Areum estava no comando, e a Areum sempre nos deixa fazer de tudo.

—Anda logo Yurim!— Eu disse. —Você deveria ter feito isso mais cedo.

—Eu não sou ansiosa igual a você.— Ela respondeu passando blush em seu rosto. —Eu acho que assim tá bom.

—Tá ótimo, vamos logo.

Nós saímos do meu quarto, nos despedimos de Areum e saímos do meu apartamento, assim encontrando Minho escorado na parede. Nos juntamos a ele e fomos direto para a praça, onde pudemos avistar uma barraquinha com vários adolescentes e algumas garrafas de soju espalhadas no chão.

—Bebida? Eles tão bebendo?— Eu indaguei.

—É claro que eles tão bebendo, você é burra?— O Lee disse como se fosse algo óbvio.

—Cala a boca.

Yurim nos encarava com aquele mesmo sorriso esquisito de mais cedo. Olhei novamente para Minho e comecei a pensar, será que é realmente possível que ele goste de mim? Então seria por isso que ele estava segurando minha mão daquele jeito naquele dia? Ainda não faz sentido, de todas as pessoas que eu conheço, a última que eu imagino gostando de mim é o Minho.

O "encontro", ou melhor, a festa da nossa sala continuou, vários adolescentes bebendo e se beijando por aí, enquanto eu e Yurim apenas assistíamos.

—Pode beber, eu não vou.— Eu disse.

—Não, eu não tô muito afim.

Pela a categoria de adolescentes enchendo a cara, eu poderia facilmente citar Minho, que em menos de meia hora, já estava completamente bêbado, seu rosto estava completamente avermelhado e ele cambaleava por aí. Minho cambaleou até nós e se sentou ao meu lado.

The Jerk Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora