Guk Saemi's point of view
Eu adoro férias de inverno, principalmente essas férias de inverno. Minho saiu do carro da minha mãe e eu o segui, estávamos na cidade onde moram os pais dele e o Min, era a semana do natal e naquele lugar estava nevando. Decidimos esse ano, que eu, Minho e minha mãe iríamos passar o natal e ano novo na casa da família Lee, por isso estávamos ali.
—Hyung!— A voz do pequeno Min ecoou e logo ele correu para abraçar Minho.
—E aí pirralho.— Ele bagunçou os cabelos do menino.
—Eu não sou mais pirralho Minho, eu tenho nove anos!
Eu ri e Minho fez o mesmo.
—Nossa, perdão, o senhor é um homem agora.— Ele diz em tom de brincadeira.
—Oi Saemi!— O Lee mais novo acena para mim. —Oi tia Hansol.
—Oi Min.— Minha mãe acena para ele.
—Ah, vocês já chegaram.— Seola saiu de dentro da casa e abraçou a minha mãe.
—Bom ver vocês aqui.— Moonseung, o pai do Minho deu um sorriso caloroso.
(...)
Eu estava envolta em cobertas enquanto Min e o senhor Lee jogavam um jogo de cartas e as nossas mães se encarregaram de preparar o jantar para todos nós. Minho estava sentado ao meu lado, mas não ousava encostar em mim, ninguém sabia sobre nós, nem ao menos minha mãe sabia e já fazia mais de um mês desde que ele me pediu em namoro —ou melhor, pediu para que eu fosse a mãe do Soonie. Não que eu quisesse esconder isso deles, era só que eu não sabia como contar aquilo.
—Ei, gatinha.— Minho sussurrou no meu ouvido. —Eu e você, dez horas, lá fora, ok?
—Não vai estar muito frio?
—Relaxa, confia em mim.
Eu poderia até contestar, mas todas as vezes que ele me disse para confiar nele, eu agradeci a mim mesma por toda essa confiança.
—Ok.
(...)
Saí de fininho do quarto de hóspedes com aqueles casacos gigantescos para o frio por baixo de mais duas camadas de roupa, um jeans por cima de uma calça térmica, um gorro, luvas, botas e um cachecol que cobria até meu nariz. Minho estava lá, na frente da janela, ele sorriu para mim e segurou minha mão delicadamente.
—Você parece uma bolinha de tecido com todas essas roupas.— Ele riu, eu dei um tapinha fraco em seu ombro. —Aí, eu ia dizer que você tava fofa, acho que você não me ama mais.
—Para de ser dramático.— Revirei os olhos fingindo estar com raiva, mas eu comecei a rir. —Mas e aí? Por que me chamou aqui?
—Vem comigo, você vai descobrir.
Ele começou a me puxar com ele até que chegamos em uma espécie de parquinho, com apenas um boneco de neve montado. Minho tirou o cachecol de seu pescoço e o envolveu abaixo da cabeça do boneco.
—Bota isso de volta, você vai ficar resfriado!
—Não, não, eu tenho que aquecer nosso segundo filho, olha pra ele.
—Você não tem jeito mesmo.
Vi flocos de neve começarem a cair em seus cabelos, então passei minhas mãos neles, tentando tirar toda a neve de lá. Minho colocou o cachecol em volta de seu próprio pescoço de novo enquanto sorria.
—Você fica tão linda quando se preocupa comigo.— Ele sorriu e abaixou meu cachecol levemente. —Como você pode ser tão perfeita?
Antes que eu pudesse responder, ele deu um beijo na ponta do meu nariz, o que fez meu rosto se esquentar rapidamente. O Lee pareceu notar isso, ele riu baixinho e me envolveu em um abraço quentinho que poderia mandar qualquer tipo de frio embora, eu não queria sair dos braços dele nunca, então apenas passei meus braços em volta de sua cintura e o abracei, deitando minha cabeça em seu peito.
(...)
O jantar de natal finalmente chegou e nós estávamos todos comendo, Min falava animadamente sobre o que ele estava esperando ganhar de presente enquanto eu sentia uma das mãos de Minho tocar a minha coxa por baixo da mesa. Claro, ele estava sentado ao meu lado e sua mão não poderia ser vista por quem estava no "lado de cima", mas eu estava com medo de que nós fôssemos pegos.
—Minho, tem como você ser mais discreto.— Sussurrei no ouvido dele.
—Eu não vou mais precisar ser discreto.— Ele piscou para mim. —Pessoal, eu tenho um anúncio a fazer.— Minho repentinamente se levantou da cadeira, eu arregalei meus olhos, já sabendo o que ele ia dizer. Todos olharam para Minho e eu estava com um pouco de medo do que poderia vir a seguir. —Eu e a Saemi estamos namorando.
Fechei os olhos com força, eu estava com medo das reações negativas, mas o que eu escutei foi ligeiramente chocante.
—Dez mil wones*, Seola.— Minha mãe disse. —Eu falei que eles tavam namorando, eu falei!
—Meu Deus do céu, e não é que esses dois tinham alguma coisa mesmo, passada.— Tia Seola chacoalhou a cabeça levemente.
—A Saemi é a minha sogra?— Min perguntou com um sorriso de orelha a orelha no rosto.
—É cunhada, bundão.— Minho disse, o menininho mostrou a língua para ele.
—Não fala assim com o seu irmão.— Moonseung o repreendeu. —Aliás, meus parabéns pra vocês dois.
—Obrigada tio.— Sorri.
(...)
Saí do quarto de hóspedes de fininho de novo, mas dessa vez fui até o quarto de Minho e abri a porta, ele se aproximou de mim no escuro, senti um toque na minha cintura e percebi que ele estava me puxando para mais perto. Uma de suas mãos se pousou sobre minha bochecha e pude vê-lo se inclinando na minha direção.
—Eu senti tanta falta disso.— Ele sussurou em uma voz grossa.
—A gente fez isso não fazem nem uma semana.
—Mesmo assim.
Minho se aproximou e beijou meus lábios apaixonadamente enquanto acariciava minha bochecha e minha cintura. Ele me puxava com ele e quando me dei conta, estávamos nós dois deitados juntos na cama dele, ele me abraçou e eu apoiei minha cabeça em seu peito, ele passava a mão em meus cabelos de uma forma que me fazia extremamente bem.
—Eu te amo, princesa.
—Eu também te amo, Minho.
Ele beijou o meu pescoço antes de fechar seus olhos, provavelmente na intenção de adormecer, eu fiz o mesmo. Há quatro meses atrás, eu acharia aquele cenário uma loucura e realmente iria se parecer com isso, mas e daí? Naquele momento eu tinha certeza de que amava ele, mas do que eu achei que chegaria a amar alguém. Minho era alguém diferente de antes, não sei se ele realmente mudou ou se a minha visão sobre ele mudou, mas eu tinha certeza de uma coisa: ele não era mais o idiota da casa ao lado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Jerk Next Door
Fanfiction(Capa por ZelosNation_) Já imaginou ver uma pessoa que você odiava quando criança se mudar para o apartamento ao lado? Foi exatamente isso que aconteceu com Guk Saemi, uma garota de dezeseis anos como qualquer outra que acaba se surpreendendo ao des...