001 Aᴛʀᴇɪᴅᴇs

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Com meus pés flutuando sobre a extensa duna de areia em que eu me encontrava sentada, o forte vento que batia contra minha pele não trazia uma sensação desagradável de desconforto a mim, na verdade, era o contrário disso, era tão gratificante que ...

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Com meus pés flutuando sobre a extensa duna de areia em que eu me encontrava sentada, o forte vento que batia contra minha pele não trazia uma sensação desagradável de desconforto a mim, na verdade, era o contrário disso, era tão gratificante que a brisa me obrigava a fechar meus olhos com a necessidade de me conectar cem por cento com o vasto deserto de Arrakis, sentir a especiaria que se destacava correndo junto ao vento e ao lindo pôr do sol que caia junto a noite.
— Vamos, não podemos ficar aqui.
Uma voz ecoou sobre meus ouvidos e ao abrir meus olhos a procura de alguém, o belo deserto de Arrakis estava coberto em chamas juntamente a tropas indo a encontro uma guerra
— Ayla, querida! Eu tenho que te manter segura.
Outra voz me encontrou e dessa vez ao me virar senti a mão que estava vinculada com a minha se soltar e correr a minha frente, para bem longe de mim, por que ele estaria me deixando para trás se queria me manter segura?

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Ano 10191

Se sentando em sua cama, Ayla apoiou a cabeça entre suas duas mãos e suspirou frustrada com mais um de seus sonhos sem significado imediato, de certa forma Ayla gostava de acreditar que seus sonhos ligados a Arrakis eram parte de toda a curiosidade que tinha vindo a tona com a informação de que representantes do imperador estariam chegando na casa Atreides.


D

ecidindo se levantar de vez, Ayla demorou alguns minutos até estar sentada ao lado de Lady Jessica na sala maior para a primeira refeição da manhã. Lady Jessica revezou seu olhar entre Ayla e Paul, dos quais estavam sentados em lados opostos da mesa.
— Que bom que acordou cedo! Seu pai quer traje de gala para a vinda do Arauto do imperador.
A mais velha direcionou sua voz a Paul que colocava uma fruta em seu prato
— Traje de gala? Militar?
A voz de Paul saiu baixa e rouca devido ao pouco tempo de sono e qualidade dele
— Cerimonial.
Lady Jessica corrigiu e o mesmo gemeu baixo
— Para que tudo isso já está decidido?
Paul questionou a mãe sem desviar os olhos da colher em sua mão
— Pela cerimônia.
Ela reforçou, colocando água em dois copos, um entregando a Ayla que sorriu agradecendo a mais velha e o outro a Paul.
— Obrigado!

— Se você quiser, faça-me dar a você. Use a voz!
Lady Jessica indagou fazendo Ayla olhar para ambos com um olhar intercalado

— Mãe, eu acabei de acordar.
Paul reclamou mastigando e desviando seu olhar para Ayla, que observava a situação calada. Com uma fala silenciosa Ayla acenou com a cabeça em direção a Paul, o incentivando a tentar usar a voz, dessa forma, Lady Jessica sorriu de canto para a mais jovem e voltou seu olhar para Paul que assim obedeceu às duas.

— Me dê água.
Ele pediu e nada aconteceu, e o ponto era, ele não deveria pedir, deveria mandar.
— O copo não pode ouvir você. Dê-me a ordem.
Lady Jessica disse e Paul então a encarou e deu a ordem
Me dê água.
Ele mandou e a mais velha segurou o copo de água e arrastou levemente para frente
— Quase.
Ela disse-lhe entregando o copo assim que saiu do leve transe que tinha sido colocada dentro.
— Quase?

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