018 ᴛʜᴇ sᴀʟᴠᴀᴛɪᴏɴ

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Com a respiração mascarada como um camaleão, Ayla vestiu uma das vestes dos guerreiros de Kroma e entrou na nave junto aos dez por cento que River Venturi tinha proporcionado para os Harkonnen

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Com a respiração mascarada como um camaleão, Ayla vestiu uma das vestes dos guerreiros de Kroma e entrou na nave junto aos dez por cento que River Venturi tinha proporcionado para os Harkonnen.
A viagem foi silenciosa e longa, mas nada muito turbulenta. O lado norte de Arrakis foi invadido em segundos pelos Harkonnen e os Freman, que sobraram ali, como forma de proteção lutaram contra os guerreiros como podiam e Ayla, em meio a confusão aproveitou para entrar furtivamente na nave em que Feyd-Rautha foi transportado. Atraindo atenção para si, Ayla olhou para eles por trás de sua máscara e controlou sua respiração
Fechem a porta!
Ela usou a voz no Harkonnen e quase comemorou quando os dois guardas que estavam dentro da nave a obedeceram
Vocês vão me obedecer até o momento em que eu mandar! Levante a nave até o lado Sul da Arrakis. RÁPIDO!
Ayla mandou e assim os dois fizeram. Levantaram voo e mesmo que chamasse atenção a nave partindo sem o mestre deles nela, Ayla não se preocupou nem um pouco.
— Tem uma tempestade no caminho para o sul, milady.
Um deles informou com a voz monótona
Eu sei. Faça do mesmo jeito, nós sobreviveremos.
Ayla não se preocupou nem um pouco por que até conseguirem segui-los, eles estariam muito além da tempestade de areia
Desligue todos os rastreadores.
— Suba mais a altitude.
A Solaris mandou e assim os dois a obedeceram como da primeira vez. Ela nunca esteve tão concentrada em não errar a força de sua voz, porque se fizesse, ela morreria mais rápido do que jamais poderia pensar.
— Já estamos acima de 40 mil pés.
Cale a boca e me obedeça.
— Sim, milady.
Vá acima de quinhentos mil pés, siga com a corrente do vento.
Assim que os rastreadores foram completamente desligados, luzes vermelhas se acenderam por toda a nave e a respiração de Ayla falhou por um segundo e dentro de sua cabeça ela gritava com sigo mesma dizendo que aquilo era suicido.
Por mais que a turbulência da nave fosse gigantesca, Ayla se manteve confiante e no fim a nave pousou alguns quilômetros longe da estrutura que Ayla via em duas visões. O sol começava a se pôr e aquilo a preocupava, quanto tempo tinham demorado para chegar até o lado Sul?
De costas para os Harkonnen, Ayla suspirou e olhou para cima engolindo seco.
Matem um ao outro.
Assim que ela fez não foram nem cinco minutos e os dois estavam mortos em seus pés. Era claro que Ayla sentia muito pelo que tinha feito eles fazerem, mas tinha consciência de que se não fosse eles, seria ela.
Assim que a porta foi aberta Ayla desceu e colocou um adesivo explosivo na parte de fora da nave.
Duas grandes portas se abriram em frente de Ayla e a nova reverenda mãe surgiu em sua frente, seus olhos agora mais azuis, rosto preenchido de símbolos, e a áurea mais profunda. Alia já estava grande.
— Nós estavamos esperando que você aparecesse.
— Eu sei. Ele acordou?
Ayla estava diferente desde a última vez que Jéssica esteve com ela, seus cabelos estavam mais longos e ela levava uma confiança com si, em seu tom de voz. Era bom perceptível aquela mudança.
— Não.
Jéssica negou e Ayla a olhou por cima de seu ombro por alguns segundos, séria
— Eu sinto o seu medo daqui.
— Eu não estou com medo.
Com essas palavras Ayla voltou um passo e andou em direção a mulher mais velha que parou logo a sua frente.
— Você acreditou excessivamente na profecia, se não estiver correta ele vai estar morto. Esse é o seu medo e deve ser o seu medo!
Ayla murmurou para a reverenda que sentiu Ayla revirando sua cabeça apenas com uma troca de olhares.
— Você está forte, Ayla.
— Eu tive que aprender a me proteger.
— Você os traiu?
A mulher a perguntou enquanto caminhavam até Paul e os Freman
— Não.
— Como chegou aqui sem os trair?
— Eu os salvei.
— Por que?
— Porque meus pais me ensinaram uma vez a não trair aqueles que me ajudam. Nem que eu seja traída depois.
O silêncio permaneceu entre as duas até o ambiente lotado de Freman.
Paul Atreides estava ali, beira a morte com Chani abaixada sobre seu corpo, não entendo o porquê de Paul não acordar. Mas como já dissera as visões de Ayla. A profecia possuía mais de uma versão.
— O que você fez com ele? Por que ele não está acordando?
Chani gritou para Jéssica que manteve uma feição neutra
— Ele regressará dos mortos, com as lágrimas da primavera do deserto…
Stilgar repetia incansavelmente, quase se desesperando com o fato de que Lisan-Al-Gaib não tinha acordado da forma que a profecia dizia.
— Ele regressará dos mortos, com as lágrimas da primavera do deserto…
O homem repetiu mais uma vez e foi interrompido por Ayla que se aproximou do corpo caído de Paul, afastando Chani de perto dele
— Ele regressará dos mortos, com as lágrimas da primavera do deserto, caso contrário, ao que pertence a lua completará a transformação completa do messias.
A Solaris completou a profecia e olhou para Stilgar que a olhou com olhos grandes, olhos muito grandes e surpresos. Ayla não estava somente diferente aos olhos de Lady Jéssica, ela não era apenas ao que pertencia a lua, ela refletia a especiaria, o brilho,  e de fato Stilgar reconheceu a presença de outra parte da profecia. A parte que somente agora despertou.
— Me dêem a água da vida.
Ayla pediu e assim foi feito, o líquido azul foi deixado em repouso ao seu lado e com calma Ayla passou seus dedos pelo rosto desenhado de Paul, ela sentia falta dele, muita falta e aquela saudade foi o suficiente para lágrimas solitárias caírem de seus olhos.
Com um resgate da lágrima doce com junção a água da vida, a gota foi despejada sobre a boca do Atreides que repentinamente abriu os olhos.
Paul olhou para Ayla com olhos grandes, arregalados e assustados, ela não era real, pensou ele.
— Você está bem?
— Você não é real.
Paul negou com uma feição arrogante e com olhos cansados, Ayla depositou um tapa em sua bochecha, o fazendo se apoiar nos cotovelos.
— Eu pareço mais real agora?
— Você…você faz parte da profecia.
— Você está bem?
— Graças a você, sim…

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