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Assim que os pés de Ayla encontraram outra comodidade que aparentava vazia, a jovem soluçou brevemente com algumas lágrimas escorrendo por suas bochechas rosadas, lágrimas das quais foram limpas e guardadas no momento em que a figura de Chani surgiu em sua frente. A carranca clara no rosto da freman fora algo que fez Ayla levantar sua guarda e esconder suas vulnerabilidades em questão de segundos. - O que você está fazendo aqui? A freman a lhe perguntou e Ayla riu nasalmente, quase zombando da situação - Eu acho que o ponto principal era ajudar, mas agora não acho que faça diferença. - Ajudar? Como? Chani mostrou interesse e o olhar de Ayla subiu para a mulher. - Eu não sei, não sei o plano. Não me resta nada aqui. - Você salvou ele. Ela para a Solaris que estava prestes a sair da comodidade - Ele deveria ser grato por isso. - Acho que não é razão o suficiente para eu estar aqui. - Deveria ser... - Chani parou por um segundo para respirar antes de voltar a falar - Escuta, eu normalmente não confio em pessoas, mas eu sinto algo bom vindo de você, então qualquer que seja o nosso destino, eu não te odeio e nem odiarei por isso. - Obrigada, Chani. Eu digo mesmo e se precisar de ajuda, eu com certeza ajudarei. Chani murmurou um agradecimento breve e partiu da sala quando outra figura adentrou no ambiente - Chani. A voz de Jéssica encontrou os ouvidos de Ayla que estava de costas e sentiu apenas a presença da reverenda mãe atrás de si - Você e Paul brigaram. - Uhum. Ayla murmurou e Jéssica começou a andar - Vocês nunca brigaram. - As coisas estão diferentes. - Tem coisas mudando, Ayla. Eu não acho que você viu ainda. A mulher parou em frente a Ayla e desviou os olhos de sua cabeça aos seus pés. - O que? - Você deveria ser mais cuidadosa. A mais velha disse agressivamente - Do que você está falando? - Você irá descobrir logo. Ela diz que você é inteligente, mas eu creio que você falhou. A mais velha afirma, fazendo a Solaris olhar para a barriga da Atreides - Alia? - Ela escolheu esse nome por achar que nunca conheceria você. Ela se inspira em você, bastante. - Me sinto honrada, eu acho... Ayla murmurou, não tendo certa se aquilo seria algo bom ou ruim vindo de Jéssica. - Qual eram os seus planos, Ayla? - Eu poderia garantir que as coisas dessem certo. Que Paul soubesse que tem que matar o avô dele. Assim que as palavras saíram da boca de Ayla, uma força invisível submergiu sobre seu pescoço e trouxe Jéssica para perto - O que? - O barão é o seu pai, reverenda mãe... A Solaris tentou falar mas com o ar delimitado sentiu-se zonza até dois pares de mãos agarrarem sua cintura e a puxarem para trás de seu corpo com brutalidade - O que você está fazendo? A voz de Paul gritava irritação enquanto Ayla tossia - Paul... Sua mãe o chamou e Paul passou a mão direito pelo cabelo e se virando para segurar Ayla em seus braços - Você está bem? Ayla? Paul chamou por Ayla que tinha seus olhos fechados fortemente. Ela via tudo e aquilo era demais para ela, ela via suas vontades, seus sentimentos, a raiva, o ciúmes, a angústia e até mesmo o medo que não estava aparente antes. Ela viu como ele queria segurá-la em seus braços, queria não ter falado com ela da forma errada e não queria que ela tivesse partido. Ela viu como Paul estava preocupado por que ele teria que se casar com Irulan. - Ela é o seu plano. - Ayla... - Irulan é o seu plano. Ayla murmurou e abaixou seus olhos brevemente antes de olhá-lo nos olhos. - É o único jeito. - Eu entendo. Ela entendia, mas não deixava de doer. Seus olhos brilhando de lágrimas eram a prova mais clara daquilo - Me desculpa. - É uma hierarquia, Paul. Não é a sua culpa, é uma estratégia. - Eu peço desculpas pelo o que eu disse mais cedo, querida. Você não merece ser tratada da forma que te tratei. Paul se desculpou e ambos estavam tão imersos um no outro que nem perceberam que Jéssica havia partido da sala - Como você está? Paul murmurou uma pergunta e Ayla, já ferida demais, permitiu que as lágrimas chegassem aos seus olhos. - Eu vou ser cem por cento e brutalmente honesta com você, por que sei que depois daqui não seremos os mesmos. Lagrimas escorreram por suas bochechas e Ayla as limpou de forma inútil - Meu coração está quebrado. Por que eu realmente te amo, Paul Muhadi'b Atreides. Te amei desde nossa infância e é doloroso saber que o desistino nos uniu para depois nos separar. É crueldade e eu preferia nunca ter te conhecido. Ayla chorou e dessa vez quem enxugou suas lágrimas foi Paul, que a puxou para seu peito em um abraço - Mas eu ficarei bem, eu sei que sim. Ela murmurou em seu peito e Paul olhou para cima, com um conflito mental - Ayla, eu amo você e sempre vou amar você. Paul murmurou sentindo uma lágrima escorrer pelo canto de seu olho - Você tem que me prometer que sempre vai se lembrar disso, mesmo depois de ter feito nossas próprias escolhas. A menor balançou a cabeça entre pequenos soluços no peito do Atreides enquanto o abraçava como jamais tinha feito Os dois ficariam bem. Eles sabiam daquilo.
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Acho que ficou tipo...meio ruim demais e curto, masssss é isso por hj pq a fic ta meio q indo pra parte final do ato II
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