Capítulo 31

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Uma noite toda nossa. Só nossa. James e eu, nos descobrindo, conhecendo e nos explorando, com o máximo de amor possível. Eu disse amor? Sim, eu disse. Não sei se é amor, mas foi tudo o que senti com ele na noite passada.

Acordo com o sol batendo em meu rosto. Olho para o lado e para o outro, não vejo James. Eu o procuro pelo quarto e no banheiro, e não o encontro. Visto um roupão e ando pela casa em busca dele.

James está na cozinha, com um avental xadrez preto e branco. Ele vira uma panqueca no ar e abaixa o fogo. Ao se virar para o balcão dá de cara comigo, que o observa atentamente.

— Bom dia. — Diz, com um sorriso desinibido. Este era o outro lado dele que eu jamais poderia imaginar que existia.

— Não o encontrei na cama — Desabafo.

— Está com fome? Gosta de panquecas? Espero que goste, pois estou fazer algumas.

Eu sorrio, pois ele está lindo. Seus cabelos estão amarrados em um coque, especialmente charmoso. Camiseta branca, bermuda e pés descalços. Nada como na noite passada, totalmente nu.

Sento-me em uma das cadeiras a ilha enquanto ele coloca um prato à minha frente, adicionando duas panquecas e colheradas generosas de mel.

— Experimente. — Pede.

Corto alguns pedaços com o garfo e levo dois à boca, deixando o mel derreter na minha língua antes de finalmente mastigar.

— Está perfeito. — Dou o veredicto.

Ele dá um largo sorriso, todo feliz.

— Que bom que gostou. Você é a primeira pessoa a experimentar minhas panquecas. — Revela, virando outra panqueca no ar na frigideira.

— Fico lisonjeada.

Desliga o fogo e adiciona a panqueca no monte de outras em um prato branco. Se aproxima de mim e beija minhas têmporas.

— O que quer fazer hoje? — Pergunta, olhando diretamente para os meus olhos.

— Não tenho nada planejado, já que fui sequestrada. — Brinco.

— Tem uma festa hoje. Na verdade, é um jantar íntimo. Eu não estava a fim de ir, mas andei pensando em irmos juntos.

— Eu não... trouxe roupas. Lembra?

— Podemos comprar na cidade.

— E o que esse jantar íntimo?

— Um noivado. Meu amigo, o Scott, vai pedir a mão da namorada. Ele convidou apenas pessoas próximas para o jantar e insistiu que eu fosse. — Ele suspira. — Scott é uma das razões por eu ter sobrevivido até aqui. Ele me ajudou muito quando mais precisei.

— Podemos ir, se você quiser. Afinal, parece que ele te estima muito.

— Então, iremos. Como um casal.

Eu arregalo os olhos e meu coração bate rapidamente. Como um casal? Casal de namorados? Amigos coloridos? O que ele quis dizer?

— Como um... casal...

— Como minha namorada, Allie.

— Então sou sua namorada?

— Se você aceitar ser, sim. Eu ficaria feliz.

Sorrio, até sentir as minhas mandíbulas doerem.

— Sou sua namorada!

Ele me abraça e beija meus lábios.

Até você chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora