Um anjo do céu

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- Bom dia ka!
- Bom dia amor, dormiu bem?
- Sim e você?
- Não, você roncou.
- Serio amor? perguntei envergonhada.
- Mentira amor, dormi que nem um bebê!
- Ai sua babaca.
rimos da piada ruim de ka, como já contei a vocês eramos muito idiotas juntas.
ka foi tomar banho.
eu fiquei deitada, 5 minutos depois decidi ir atrás, cheguei no banheiro com cara de "me possua"
ka olhou pra mim, não disse uma palavra me puxou pra perto dela, colando seu corpo ao meu nos beijamos loucamente, quando ouvimos alguém batendo na porta.
- Não acredito que chega alguém nessa hora!
deixa que eu vou abrir ka.
E fui em direção a porta, quando abro.
- Bo, bo, bom dia tudo bem? me encarando como se fosse me comer com os olhos.
era a moça da recepção que a ka havia odiado.
paralisei por alguns segundos sem entender porque ela me olhava daquela maneira ela estava me devorando com os olhos, eu estava enrolada na toalha afinal sai do banho pra atende la.
- Bom dia.
Respondi sem graça com aquela situação.
- Vim avisar que o café já foi servido.
E vejo ka saindo do banho.
- obrigada, algo mais?
- não.
Então fui fechando a porta rapidamente antes de ka ver.
- Quem era?
- O pessoal da pousada avisando que o café ta pronto.
- Não acredito que parei de transar pra isso?
(risos eternos)
- Ta, teremos tempo pra isso, vamos? se não ficaremos sem café.
Nos arrumamos rapidamente e descemos.
quando chegamos a mesa de café da manhã, estava linda repleta de frutas, suco, leite, pão de queijo, requeijão. E oque vocês imaginarem de delícia.
sentei ao lado de ka, e assim que chegamos, a moça da recepção chegou junto.
Sentou na minha frente e começou a me encarar, eu percebi e disfarcei tentando fingir que não vi, pra ka não dar outro ataque de ciúme ridiculo.
porém dessa vez ela teria razão porque realmente ela deixou claro que estava me paquerando.
quando disfarço sinto por baixo da mesa um roçar em minhas pernas.
puxei minha perna rapidamente que ate bati na mesa e derrubei o suco.
- Oque foi amor?
- Nada, acho que algum bixinho me mordeu!
Olhei pra ela, e ela estava com um sorriso de canto de boca.
Após o ocorrido levantei da mesa, e sai.
Ka foi correndo atrás de mim.
- Oque foi Kelly?
- Nada não estou me sentindo bem.
- Se quiser subimos pro quarto?!
- Não, vamos a praia? vamos conhecer a cidade ?
Ela sem entender nada concordou com a minha proposta.
Saímos da varanda e fomos em direção a praia.
chegando a praia tinha um barquinho pequeno parado lá.
quando ka diz:
- Amor vamos dar uma volta ?
- jura?
- Claro.
Pegamos carona no barquinho e fomos em direção ao lindo mar azul.
Aquela agua clarinha, aquele sol quentinho pois ainda era cedo,
ka ao meu lado, era tudo que eu queria.
Quando paramos em um lugar chamado "baia dos golfinhos" que haviam muitos golfinhos bebês, adultos, um mais lindo que o outro, mergulhos eram proibidos, eu fiquei louca, porque eu queria mergulhar com eles, igual filme americano. (risos)
PS: eles eram tão fofos faziam show e tudo um espetaculo da natureza.
descemos em umas pedras para fotografar aquele momento que ficaria pra sempre em nossas memorias.
Minha primeira viagem sem meus pais, meu primeiro amor, tudo pela primeira vez, tudo estava perfeito.
Mais tarde voltamos para a areia, e fomos passear pelos quiosques.
Passamos por um homem sentado na calçada da praia, junto a ele haviam várias peças artesanais.
eu comprei um colar de âncora, pra mim e pra ka, porquê eu queria representar que nosso amor, ficaria ali ancorado pra sempre.
Saímos da praia e fomos para as ruas próximas dali, andamos bastante conhecendo aos arredores, tomamos sorvete, e ela boba como sempre passou sorvete no meu rosto, e eu no dela conclusão, tivemos que voltar pra praia pra um mergulho, estava chegando a hora do almoço então nos apressamos e decidimos comer em algum lugar próximo dali, escolhemos um restaurante de comidas tipicas.
comemos feijoada, mandioca frita e tomamos caipirinha, saímos de São Paulo pro Rio, para comer comida do nordeste, só nós mesmo pra misturar tanta coisa, tivemos um almoço agradável fizemos planos para o futuro, planejamos morar juntas logo que eu completasse dezoito anos, afinal só tínhamos cinco meses juntas, (os melhores meses da minha vida), escolhemos os nomes dos nossos futuros filhos adotados, planejamos o passo a passo do futuro. Eu sei que sai daquele restaurante em êxtase, pois a cada minuto ao lado de ka, eu me sentia mais realizada a cada dia eu tinha a certeza que era ela que eu queria para a vida inteira.
ka levantou pra ir ao banheiro e eu fiquei na mesa esperando ela voltar, quando me vem o garçom com um guardanapo:
- sra.? Mandaram te entregar.
- quem?
ele sai e me deixa falando sozinha.
quando abri: " Casais vão pra Paris, Veneza bonito. Mais a gente é melhor, a gente vai pro infinito "
sorri ao ler aquela frase, ka era uma pessoa completamente romantica.
quando ela voltou, fez aquele suspense.
- De quem é esse bilhete? mandaram pra mim ne?
- é. leia!
- Sua boba, gostou?
eu nem respondi a beijei, ali mesmo em público não liguei pra quem estava ao redor.
saímos do restaurante abraçadas sorrindo, que kilometros de distância dava pra perceber nossa felicidade. Quando olhamos para o lado e haviam dois homens gritando:
"SAPATOES VOCÊS VÃO ARDER NO INFERNO, ESSE MUNDO TA PERDIDO"
Não ligamos para aquela situação tentamos sair dali para evitar qualquer tipo de constrangimento, quando um homem vem em nossa direção, com algo na mão, e não era um dos que estavam nos xingando, e tentou me acertar, mais ka entrou na frente e ele a acertou.
tentei segura lo, mais ele me derrubou no chão me acertou nas coxas, e eu gritava de dor, desespero, medo, ele me atingiu mais uma vez, foi em direção a minha cabeça mais eu me protegi com os braços.
e ele gritava: "ABERRAÇÕES, VOCÊS MERECEM MORRER, E EU VOU AJUDAR"
Quando ka mesmo caída pede pra ele parar, e ele se vira contra ela, e a certa com muita força.
Eu gritava:" POR FAVOR, PARA, PELO AMOR DE DEUS, PARA!"
quando vi ele já havia acertado ela por três vezes não consegui ver onde ela a acertava eu só via o amor da minha vida sofrendo e eu sem poder fazer nada, as pessoas que estavam no restaurante viram, e não fizeram nada. Quando ele tenta acertar ela por mais uma vez, chega uma pessoa do nada e o derruba impedindo que continuasse aquela cena de agressão.
Foi um anjo que chegou ali, enviado por Deus.

Sou sapatão eai?Onde histórias criam vida. Descubra agora