Capítulo 3

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Hermione sorriu com seus irmãos enquanto posavam para a foto. Seus pais pareciam estoicos conforme a imagem pública exigia deles, mas Hermione, Sirius e Regulus dificilmente iriam assumir a formalidade de um rosto público aos dez e onze anos com toda a excitação correndo em suas veias.

Ela continuou esperando pelo ataque de pânico. Ela ficou esperando que a verdade fosse assimilada e tivesse um colapso emocional comprovado e verdadeiro. Ela havia sido apagada do tempo de face e injetada na Casa dos Blacks. Isso não merecia uma pequena sessão de surto e não apenas um desmaio? Mas algo a estava impedindo. Algo a estava deixando estranhamente calma. Foi parte do desejo amaldiçoado que fez isso? Ou era algo mais? Ela havia se tornado, depois de anos, bastante imperturbável, mas certamente o que quer que tenha acontecido com ela era algo significativo o suficiente para merecer uma quantidade igual de sofrimento. No entanto, a angústia nunca veio, e isso a confundiu mais do que o próprio deslocamento.

Regulus fez beicinho por não poder ir com eles, mas Hermione e Sirius prometeram a ele que iriam cavalgar juntos no próximo ano. Regulus abraçou a irmã direito, sorrindo para ela.

— Vou sentir sua falta, irmã, — ele sorriu para ela.

— Sentirei sua falta também, irmãozinho, — disse Hermione.

— Você vai me mandar corujas, certo? — Regulus implorou. — Você vai se lembrar?

— Claro, Reg, — Hermione sorriu para ele. — Mandarei Sagacidade nos horários mais estranhos que puder, ok?

— Ok! — Regulus acenou com a cabeça. — Não se esqueça, irmã!

— Eu prometo escrever, — Hermione o abraçou com força.

— Você vai me enviar algo Sonserino, certo? — Regulus implorou. — Uma taça ou uma pena? Talvez um lenço?

— Regulus Arcturus Black! — Hermione repreendeu.

Seu irmão sorriu maliciosamente para ela, beijou-a na bochecha e ficou ao lado da mãe com um olhar inocente no rosto.

Hermione não acreditava nem um pouco. Ela cresceu com os gêmeos Weasley. Ele não tinha nada contra eles para travessuras.

Walburga ergueu o queixo imperiosamente, esperando seu abraço. Hermione colocou os braços em volta da bruxa mais velha e a abraçou com força, e Walburga passou o braço em volta da filha amarrada a Hogwarts.

— Você vai nos deixar orgulhosos, filha, — disse ela imperiosamente.

— Sim, mãe, — Hermione respondeu, desviando os olhos em deferência.

Walburga a soltou, rigidamente, mas Hermione viu algo brilhar no rosto da matrona negra. Ela estava emocionalmente dividida porque seus filhos estavam deixando o ninho pela primeira vez.

O rosto de Orion estava mais quente, apesar da tentativa de se destacar em público. Ele abraçou a filha, sussurrando em seu ouvido.

— Boa sorte, minha fênix, — ele sussurrou em seu ouvido. — Eu amo você.

Hermione sentiu o calor de seu pai e sorriu para ele.

— Eu te amo, Papai!

Hermione agarrou seu malão, certificando-se de que a gaiola de Sagacidade fosse colocada em cima com segurança. A coruja águia piou baixinho, animada por estar em movimento.

— Vamos, mana! — Sirius gritou com ela, acenando para que ela entrasse no trem.

Walburga bufou, desviando os olhos, mas Hermione saiu correndo para embarcar no trem, permitindo que Sirius puxasse ela e suas coisas para dentro do trem com um grito animado.

One Step Back, Two Decades Foward - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora