capítulo 8

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JUNGKOOK 🔱

O som da goteira em uma poça em algum lugar me faz quase enlouquecer, tento respirar, mas meu corpo queima como se estivesse em chamas, estou tremendo como se estivesse com frio, mas não sinto frio, aqui é abafado e fétido, estou com medo, as memó...

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O som da goteira em uma poça em algum lugar me faz quase enlouquecer, tento respirar, mas meu corpo queima como se estivesse em chamas, estou tremendo como se estivesse com frio, mas não sinto frio,
aqui é abafado e fétido, estou com medo, as memórias do que acabou de acontecer comigo me fazem chorar, quase perdendo minha cabeça de vez, talvez enlouquecer seja uma saída para mim, já que a realidade é cruel e apavorante.

Os anos de treinamento não me prepararam para isso, tento me encolher um pouco mais, tentando diminuir de tamanho, mas assim que aperto mais minhas pernas contra o corpo a queimadura das minhas costas
dá uma fisgada que me faz gemer, enterro minha cabeça entre minhas pernas passando o braço por cima dela.

- Sou Jungkook Corte Real, filho de João Lucas Corte Real e Malina Hernandez Corte Real, meus irmãos são Taehyung, Virgínia, Bella e Ariel Corte Real, tenho quinze anos.
Lisa, Lisa é minha Joaninha, preciso protegê-la, sou seu guardião e protetor - sussurro em meio aos soluços desesperados tentando fazer com que minha mente se esqueça das mãos e dos toques, da dor de ser violado, do sangue que escorre de mim.

Não sei onde meu irmão está, a culpa foi minha por estar aqui, não deveríamos ter pulado o muro, não deveria permitir que por um deslize fôssemos levados.

- Sou o futuro da minha casa, o próximo no comando da máfia Sérvia Triglav, minha família e minha nação precisam de mim, precisam que eu permaneça vivo, precisam que seja forte como meu pai e sombrio
quanto meus tios. - O choro parece fazer meu corpo doer ainda mais, tento forçar minha mente a reconhecer quem sou. - Sou jungkook Corte Real...

As palavras delas voltam a ecoar em minha mente.

- Não há mais espaço nas costas, essa é a última marca. - A voz é ainda mais insuportável dentro da minha cabeça.
- Temos espaço no peito, nos braços e pernas, assim que não houver nem mesmo as solas dos pés marcaremos o rosto e depois o
jogaremos numa vala qualquer, descartando seu corpo inútil e asqueroso. - Lembrar dessa ordem faz a minha garganta fechar.
Não consigo respirar, não consigo me manter vivo. - Vamos ao que importa, passe o ferrão. - Desespero toma conta
de mim.

- Não, não, não... - falo sem emitir nenhum som.

Sou novamente curvado sobre um banco alto de madeira, pés e mãos presos, um pano preto cobre minha cabeça, quando sinto a dor causticante da maldita marca na minha bunda, a primeira desde que cheguei aqui, minha mente grita, era para eu estar gritando, mas a última vez que tentei meu tempo aqui foi dobrado.

Então o inferno começa, a primeira mulher alisa minhas costas, e a contagem infernal começa, parece que estou aqui há séculos.

Por favor, que o dez chegue, preciso do dez para sair daqui. Minha mente grita não me movo, apenas permito que as lágrimas rolem, perco a noção do tempo. Finalmente o dez, logo o último urro de libertação acontece, e meu tormento por hora acaba.

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