capítulo 23

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🔱 Jungkook 🔱

Não sei por que ouvir seus motivos me deixaram tenso, sabia que existia algo, mas não imaginava que estava sendo tão transparente para ele

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Não sei por que ouvir seus motivos me deixaram tenso, sabia que existia algo, mas não imaginava que estava sendo tão transparente para ele.

Dusham o anjo da morte não é do tipo de homem que deixa passar nada, a verdade é que nem sei como ainda não descobriu, continuo caminhando em direção ao meu quarto aqui na casa dos meus pais, dormi aqui apenas um dia depois que cheguei.

Assusto-me quando abro a porta, minha mãe reconfigurou o quarto completamente, com toda certeza era sobre isso que Taehyung falava quando disse que ela andava inquieta.

- Vou tomar um banho - digo assim que fecho a porta seguindo em direção ao banheiro.

Não espero que me diga algo, não quero que perceba o quanto suas palavras me afetaram, não ser o tipo de homem que se espera para alguém como ela me quebra um pouco mais.

Retiro minhas roupas entrando no box,
ligo o chuveiro esperando que a temperatura se estabilize, então me enfio debaixo dela encostando minha testa na parede fria, sinto os arranhões na minha coxa arder, mas a dor é uma velha conhecida, então não me causa
nenhum espanto.

Volto a horas atrás quando estávamos ligados por uma névoa de luxúria e sadismo, lamber seu corpo marcado por mim, sentir o gosto
ferroso do seu sangue em minha língua, por muitos anos lutei contra os desejos desenfreados de sentir dor e atrelá-la ao sexo, o monstro em mim sempre se fortaleceu dominando tudo, mesmo que jamais tenha me tocado ou tocado outro corpo parece que o maldito Ruligan conseguiu fazer com que acreditasse que só assim conseguiria satisfazer meus desejos. A nossa primeira vez foi algo surreal, ouvi-la gemer foi sensacional e mesmo caindo
exaustos na cama parecia que faltava algo, esse algo não existiu dessa vez, gozar apenas com suas palavras enquanto a dor das garras cravadas em minha perna atravessava cada célula do meu corpo foi como se não faltasse
nada.

- Vida. - Estou tão perdido em meus pensamentos que não a ouço abrir a porta do box, meu corpo inteiro se arrepia com sua voz baixa e cautelosa, mas é o seu toque em minhas costas que me traz a certeza de que
ela me pertence. - Eu não queria que soubesse dessa forma.

Viro-me em sua direção, olhando seus olhos assustados.

- Anjo, minha Joaninha. - Aliso seu rosto. - Sei quem sou, você sabe quem sou, conhece minha história e meus demônios, se alguém
como eu se aproximasse de uma filha minha arrancaria a cabeça do desgraçado para que servisse de alerta a qualquer que fosse o homem repensar uma aproximação. Entendo seu receio.

- Ele não te conhece como eu, Jungkook, sei o que tem aqui. - Sua mão toca meu peito fazendo-me fechar os olhos, desejando ser o homem que apenas ela enxerga. - Ninguém vai nos afastar, meu pai te ama, você é como um filho para ele.

- Talvez por isso o seu receio. Não sou como Tae que consegue brincar e sorrir demonstrando uma alegria que não existe, ainda mais agora com Kalina desaparecida. - Seu olhar surpreso me faz crer que ela não sabia deste detalhe.

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