Pov. Marinette
Vejo o carro dele a desaparecer pelas ruas e aperto com força o guarda-chuva que ele me deu.
Raios, porque é que ainda tenho as bochechas quentes?
O risinho carinhoso e fininho da Tikki ressoa ao meu lado.
- Marinette- diz o meu nome a cantarolar- O que é que foi isso?
- Isso o quê?- guincho. Espera, porque é que eu guinchei?
- Esta coisa toda com o Adrien...sabes, os conselhos, os macarons- olha-me de cima a baixo e depois adiciona com um tom acusador- O guarda-chuva...
- O quê? Isto?- aponto para o bendito objeto- Oh, não foi nada. Quer dizer, eu mal o conheço, mas também, é verdade, que nas entrevistas ele parece ser um amor de pessoa mas...O que é que se passa comigo?!
- Eu acho que sei...
Ela esvoaça à minha volta e eu desvio o olhar, deixando um sorriso tímido formar-se no meu rosto.
O que é uma estupidez, considerando que eu mal o conheço.
Se bem que...
Não.
Não, não, não...
Nope. Nã-nã.
Tenho coisas mais importantes com que me importar, não com um rapaz bonito, simpático e...
Ok, chega!
- Vamos para casa, Tikki- digo-lhe e ela voa para dentro da minha bolsa enquanto ri de mim.
Haha, que piada. Adoro-a.
A chuva continua a cair aos montes quando caminho para casa, tanto que quase caio um par de vezes no passeio. Não que isso seja novidade para ninguém.
Mas quando chego à porta da pastelaria, suspiro com alívio e reparo que a placa que deixamos na entrada, que costuma estar virada para o lado que diz "Aberto", está virado ao contrário e diz "Fechado".
Tiro o telemóvel do bolso e verifico as horas.
Ainda não está na hora de fechar...
Que raios?
Empurro a porta e entro, o som da campainha a ecoar por toda a pastelaria.
- Mãe? Pai?
Ninguém responde.
E começo a tremer.
Deixo o guarda-chuva no chão da entrada e encosto-me à porta.
Porque é que não consigo respirar?!
Tento manter a calma mas a minha mente explode com perguntas e dúvidas.
Isto não é normal, eu não estou normal.
Mas...e se o Chat Blanc descobriu que eu sou a Ladybug?
E se ele lhes fez alguma coisa?
Onde é que raios é que eles estão?
Não. Não. Não.
Raios, ele não pode...
Um post-it amarelo colado num pote de biscoitos pousado numa mesa perto da porta chama a minha atenção.
Chego mais perto e tem algo escrito no pequeno papel, com a letra da minha mãe.
"Marinette, eu e o teu pai tivemos de sair para fazer uma entrega a um cliente e vamos passar pelo mercado para comprar algumas coisas que faltam na pastelaria. Mas voltamos antes das sete, não te preocupes.
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O Monstro e a Joaninha | [MIRACULOUS AU]
أدب الهواةEle cometeu um erro. Um grande, GRANDE erro. E ela estava perdida. Confusa. Sem rumo. Ele era um monstro. Ela era uma joaninha. E os dois estavam desfeitos por dentro. (AU - Universo Alternativo) ⚠️⚠️⚠️ Esta história contém cenas de violência e abor...