25. La-la-la-Lies.

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La-la-la-Lies – The Who

"Se eu estou tão perdido sem um amigo
Me diga, quem está ao meu lado?
Essa garota de olhos como joias
E com boas reações para as suas
Mentiras"

*

Pov Narrador





Dahyun não ouviu mais a voz de Sana pelo celular, mas por sorte estava bem próxima da japonesa. Acelerou um pouco mais o carro, com pouca responsabilidade e muita agonia, chegando rapidamente onde a namorada estava.

Já sabia as manhas daquele enorme portão, além de ter reparado que uma chave reserva fica escondida no jardim pequeno. Procurou por ela e quando encontrou, abriu e adentrou a casa. Correu até a sala, chamando o nome de Sana, mas ainda não tinha respostas. Dahyun se movia com pressa e após constatar que no térreo a japonesa não se encontrava, subiu os degraus da escada de três em três, chegando ao topo numa velocidade impressionante.

Abriu a primeira porta que por sorte era a certa e encontrou a amada caída ao pé da poltrona. Agachou o corpo e mexeu Sana, fazendo-a despertar finalmente.

— Meu pai... – Sana disse levantando o tronco. – Cadê meu pai, Dahyun?

— Ei, ei... Calma. – Segurou o rosto da outra com cuidado. – Você está bem? Cheguei e estava desmaiada... O que aconteceu contigo?

— Não sei, senti uma tontura forte e apaguei. – Levantou-se por completo do chão com ajuda da namorada. – Mas, sim, estou bem. Eu quero ver meu pai, Dah...

— Você vai vê-lo. – Segurou a mão da mais velha e a guiou para fora do recinto. – Disse que te levaria até lá e eu vou levar.

— Eu 'tô com medo... – Soltou cabisbaixa. – Foi tudo tão de repente, não sei como agir, o que dizer. A culpa é minha , não é?

— O que?! – Encarou-a, freando os passos até o carro. – Quem disse isso a você? A Sooyoung, né? – Assentiu. – Ela não tem a menor relevância na sua vida, meu bem, não há por que acreditar no que ela diz.

— Eu sei, mas... Mas dessa vez eu também me culpo. – Entrou no carro e Dahyun fez o mesmo em seguida. – Ele estava bêbado, pediu para parar, mas eu continuei e não o ajudei em momento algum... Fui tão cruel quantos eles dois com minha mãe.

— Não foi. Para com isso. – Deu partida no veículo. – Para qual hospital levaram o seu pai? – Sana respondeu com dificuldade e Dahyun seguiu sem dizer mais nada.

*

— Cadê o meu pai? – Sana disse ao chegar no corredor certo e ver Sooyoung nele. – Está bem?

— Fica onde está. – A Choi fez sinal com as mãos. – E sem baderna, isso é um hospital, sua sem educação. – Agora tinha os braços cruzados, expressão séria e olhar fixo nas duas adolescentes ali. – Seu pai não está bem, você quase o matou.

— Como é?! – Berrou de novo, sem querer. – Eu não fiz nada disso... Eu... Eu não quis.

— Mas fez. Fez sim. – A mais velha dizia sem dó. – Não pode entrar para vê-lo, nem eu posso.

— Você fala como se fosse mais importante que a filha do cara... – Dahyun comentou baixinho de um jeito passivo agressivo, fazendo Sooyoung a fitar ainda mais e escancarar a raiva.

— E quem é você? – A Choi perguntou com um sobrancelha levantada.

— Kim Dahyun. – Respondeu sem olhar a maior.

Tying Cherry Knots | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora