17. Brain Damage.

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Brain Damage – Pink Floyd

"O lunático está no gramado
Lembrando de brincadeiras, cirandas e gargalhadas
Temos que manter os loucos na linha"

*

Pov Dahyun



" — Não conte isso para ninguém, Dahyun. – Miyeon dizia seriamente. – Nem seus amigos, ok?

— Pode deixar. – Falei seguramente"


— E aí foi isso. – Finalizei a narração do que aconteceu no bar, ocultando apenas uma parte. – Basicamente a Cho quer nossa ajuda para dar um fim na Yuna. 

— Ela te pedindo para não contar e você soltando o verbo agora. – Chaeyoung comentou rindo. – Enfim, isso foi bom, certo? Esse lance da Miyeon. 

— Foi e não foi. – Jihyo disse. – Ela quer o mesmo que a gente quanto à Yuna, mas não liga de prejudicar os outros... Jeito estranho de pedir ajuda, não acham? – Nos olhou desconfiada. – Já chegou ameaçando a Dahyun e pedindo segredo sobre isso... Sei não, viu?

— Ela tem mais a perder do que a gente, Park. – Falei. – Acho que podemos fazer essa parceria funcionar. 

— Como? – Jeongyeon questionou. 

— Miyeon disse que queria se vingar da Yuna e nós também queremos, mesmo que de formas diferentes. – Comecei. – O que pensamos foi falar com o senhor Minatozaki, que tem total respeito do Wang, e colocar a Yuna na linha, mas... Acho que isso não a deteria e nem seria suficiente. 

— Eu acho que seria. – Jihyo me interrompeu. – Fazendo o Wang ver quem é a sobrinha dele e um pai super respeitado por ele exigindo uma atitude, conseguiríamos exatamente o que queremos. 

— Deixar ela quieta, né? – Chaeyoung perguntou e Jihyo assentiu. 

— Eu não quero só isso. – Falei. – Ela já fez muita merda, não só com a gente, não só com a Sana. A coitada da Miyeon é outra marionete para ela... A Yuna não vai sossegar até expulsar a Minatozaki e eu. 

— Sim, Dubu, mas o plano da Jihyo faz acontecer exatamente o que a gente deseja: que a Shin pare de ser um pé no saco. Não precisamos revidar pior ou na mesma moeda, nós não somos assim... – Jeongyeon disse timidamente. – A gente faz as pegadinhas com você e você sempre leva a culpa, mas se for uma vingança, não tem como acreditarem que você foi a única responsável. 

— Está com medo da reação da sua mãe, Yoo? – Perguntei irritada. – Não precisa fazer se não quiser. Isso é pela Seulgi, por nós e por quem aquela fudida faz mal constantemente. Nós fazemos bagunça na escola, mas maldade quem faz é ela. 

— Dahyun, calma. – Chaeyoung disse preocupada. – Se a gente brigar, vai ser pior. – Tentou acalmar os ânimos, mas Jeongyeon estava arisca tanto quanto eu. 

— Quer saber?! – A Yoo começou. – Você nem queria fazer o plano da Park porque envolvia se aproximar da Sana, só fez por pressão. E agora que eu quero que façamos algo simples, sem vingança, você usa o lance da Seulgi como cartada?! – Olhou-me com os olhos irritados. – Tem algo aí.

— Como é? – Perguntei ofendida. – Fala, Yoo! Fala o que você está pensando! Odeio esse mistério bobo. Se quer dizer, diz logo! 

— Dubu... – Jihyo tentou intervir, mas nós duas não dávamos ouvidos. – Jeongie...

— Eu acho muito estranho essa mudança repentina de pensamento, Dahyun, acho mesmo! – A coreana mais velha dizia sem pesar. – Você não queria o que está propondo agora e depois de falar com a Miyeon, história que você contou muito mal, por sinal, aparece com novas ideias?! Algo não está batendo. 

Tying Cherry Knots | SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora