Old Money – Lana Del Rey
“O amor do meu pai sempre foi forte
O glamour da minha mãe vive eternamente
Ainda assim, por dentro eu me sentia sozinha
Por razões desconhecidas por mim”*
— Já posso ser liberada, então? – Dahyun perguntava sem paciência ao diretor.
Estava na diretoria por um motivo nada novo: fez mais uma besteira. Junto de suas amigas, Dahyun colou todas as tampas das privadas de todos os banheiros, causando uma baderna por toda a escola.Ela riu na hora, mas sua felicidade durou poucos minutos. Estava claro que não tinha a menor pretensão de manter uma identidade secreta, afinal sabe que existem câmeras por todos os lados e logo descobririam o autor da peripécia da vez. O diretor Wang rapidamente apareceu atrás de si com uma cara de poucos amigos e catou a coreana sapeca pelo ombro em direção a sua sala.
No recinto, Kim escutou as mesmas palavras de sempre e bocejou propositalmente em muitos momentos. Tentava retrucar, dizendo ter sido um acidente, mas não se esforçava muito para dar à mentira um ar convincente e acabava rindo ao final de cada frase.
Cansado, Wang disse que resolveria tal brincadeira de outra forma, já que a jovem estava irredutível. Pegou o telefone fixo que ficava sempre em sua mesa e digitou os números que já sabia de cor. Ligou para o pai de Dahyun, mas sem sucesso. Tentou o número de sua mãe, mas obteve o mesmo resultado. Kim já estava esparramada na cadeira, impaciente e só queria sair dali, ir pra sala de aula e dormir uma soneca longa na carteira.
— Kim Dahyun? – O homem alto, de voz rouca, cabelos grisalhos e expressão irritada quebrou o silêncio. – Seus pais não atendem por nada.
— Eu disse que era perda de tempo ligar pra eles, você não quis me ouvir... – Deu de ombros.
— Não consigo entender... – A menina franziu o cenho esperando que o senhor terminasse a sentença. – Sei que são ocupados, mas se os vi duas vezes pelo colégio esse ano, foi muito.
— Eu moro com eles e acho que você já os viu mais que eu. – Riu debochada.
— Por que fez aquilo?
— De novo esse papo, tio? – Usou um linguajar inapropriado e logo sentiu o olhar de Wang queimar sobre si. – Desculpe, senhor.
— Dahyun, só queria entender porque tanta rebeldia. – Disse logo depois de bebericar um tanto de água. Já era seu terceiro copo desde que começaram essa conversa. – Pode me explicar?
— Sei o que quer ouvir, então não vou falar nada. A verdade não vai lhe agradar.
— Me diga o motivo real, mesmo que eu não goste disso.
— É divertido. – Disse simples com olhar de desdém.
O homem ouviu a frase e deu para perceber que a menina estava certa: o diretor realmente não queria ouvir aquilo. Se irritou um pouco mais por estar sem solução alguma de como deter as rebeldias da jovem.
— Mandarei uma advertência por você, ok? Exijo falar com seus pais amanhã, caso contrário você não entra na escola.
— Que piada!
— Estou falando sério, Kim.
— Eu também. Diretor, eu sei que é um saco ouvir isso, mas o senhor precisa aceitar que meus pais não vão vir aqui nem fod-
O homem tossiu com os olhos arregalados quando a coreana começou a falar de maneira chula em sua presença.
— Nem ferrando! – Consertou de imediato. – De qualquer forma, cadê o papelzinho? – Se referiu à advertência impressa que levaria.
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Tying Cherry Knots | SaiDa
FanficKim Dahyun é conhecida por ser a aluna problema. Com boas notas, mas não as melhores, sem atenção dos pais, mas com amigos fiéis, ela vive a vida no improviso. Sua mente é sua maior inimiga, seu passado é curioso e seus afetos são peculiares. Minat...