[CONCLUÍDO]
Clarice sempre foi uma alfa livre e desimpedida, nunca se preocupou com relacionamentos ou essas baboseiras de alma gêmea/companheiro, mas as coisas mudam quando um certo moranguinho acaba se mudando para a mesma cidade e escola da alfa.
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Quatros dias, quatro dias que Clarice faltou aula e ficou com Theodor o saciando em seu cio. Ambos poderiam negar, mas seria mentira ao dizer que não sentiram bem na companhia um do outro, se saciando, se amando...
Clarice observava Theodor dormir completamente nu, apenas com um lençol branco cobrindo seu quadril. Seu rosto estava corado, e sua boca inchada e bem vermelhinha. Era a cena mais linda que a garota já tinha visto em sua vida, colocaria em uma pintura se pudesse, mas só em pensar em outras pessoas admirando Theodor do jeito que ela estava, a deixava brava.
Era quase sete da manhã. O cio de Theodor estava acabando, seus feromônios estavam fracos indicando que logo logo Theodor voltaria a sua consciência, sem ser tomado por seus desejos ou vontades.
Vestiu suas roupas apressada querendo sair logo dali. O momento juntos foi maravilhoso, mas voltaria a realidade, uma a qual Theodor não a quer nem pintada de ouro. Preferia sair agora e intacta do que quebrada com as palavras rudes que Theodor provavelmente iria proferir.
A garota se aproximou da cama e beijou a bochecha e testa de Theodor.
── Eu te amo ── Sussurrou docemente em seu ouvido.
Poderia parecer rápido, mas não era, Theodor é seu companheiro dado pela lua, seu parceiro e o amor da sua vida. Qualquer sentimento que envolvesse Theodor seria multiplicado dez vezes, e isso incluía o amor pelo seu ômega. Sentia que o amava, amava mais do que a si própria. Loucura, mas é o que sentia.
Quando saiu da casa de Theo por sorte não esbarrou com ninguém, não queria conversar, muito menos dar explicações. Quando chegou em casa seus pais estavam dormindo, culpa do sábado.
Clarice entrou no banheiro tirando sua roupa rapidamente e se pôs de baixo do chuveiro aproveitando a água morna. Não sabia o por que, mas simplesmente começou a chorar sentindo seu peito doer. Talvez seja falta de Theo, não sabia, e também não queria descobrir.
Esquecer, era isso que tentaria fazer. Ajudou Theodor e não passa disso, nada entre eles mudaria, já sabia, então resolveu não criar expectativas e se machucar mais ainda.
Quando Theo acordou estranhou não ver Clarice ao seu lado. Ele se sentia novo, revigorado, feliz. Pensando nas noites que tiveram não pode deixar de sorrir como um bobo. O modo como Clarice o amou e cuidou dele tocou seu coração. As palavras que trocaram... foi tudo dito em um momento frágil mas nada deixou de ser verdadeiro. O cio só foi um gatilho para o ajudar a se soltar um pouco mais.
── Transamos! Será que significa que estamos namorando? ── Se sentou na cama se questionando com um sorrisinho.
Não aguentando a euforia em seu peito se jogou na cama e bateu as pernas alegre. Nunca teve um sexo casual nem nada do tipo, não sabia como funcionava essas coisas. Mesmo muito ansioso resolveu chegar segunda para questionar Clarice sobre a situação atual do casal.
Mas seu coração desmoronou...
Ao chegar segunda ele estava tão eufórico e alegre para encontrar Clarice. Desceu do carro do irmão alegre pronto para procurar sua alfa, mas não foi preciso. Ali mesmo no estacionamento estava Clarice encostada em seu carro e aos beijos com Dylan. O sorriso que morava em seu rosto se desfez e seus olhos começaram a lacrimejar. Seu peito doía dolorosamente.
── Theo? ── Dandara o chama tocando seu ombro.
Vendo que não responde, Dandara segue o olhar do irmão encontrando a cena que fazia o peito de Theo se despedaça em um milhão de pedaços.
── Theo... ── Nem conseguiu prosseguir, Theo saiu correndo em pranto para dentro da escola.
Clarice estava alheia a situação enquanto aproveitava dos beijos de Dylan.
── Já cansou do outro? ── Dylan pergunta envolvendo Clarice em seus braços e a trazendo para mais perto.
── Estava o ajudando no cio ── Da de ombros tendo alguns flash com Theodor. Sacudiu a cabeça se livrando das memórias.
Dylan concordou alheio fazendo um biquinho. Não queria admitir, mas estava se sentindo levemente ameaçado pelo dono dos feromônios de morango. Queria saber quem era, mas não queria ser óbvio demais.
── Eu conheço? ── Diz olhando pro nada.
Clarice sacou a de Dylan. Sentiu que ele estava um pouco enciumado.
── Não sinta ciúmes Dylan! ── Avisou o encarando.
Não queria que Dylan sentisse ciúmes, não queria que Dylan sentisse nada em relação a ela, com exceção sobre a cama.
── Não estou! ── Diz com falsa convicção e Clarice o olha meio desconfiada.
Ao primeiro ar de sentimentos amorosos, Clarice iria terminar o que tinha com Dylan. Não queria quebrar o coração de ninguém.
Não queria quebrar o coração de ninguém, mas sem saber tinha quebrado o de Theo que estava na cabine do banheiro masculino chorando compulsivamente. Se culpava por ser tão iludido. Concluiu que era só sexo pra ela, enquanto pra ele poderia se tornar algo a mais.
── Burro, burro, burro, burro! ── Bateu fortemente em seu próprio rosto como se a dor no rosto fizesse seu coração parar de doer.
Tinha perdido uma aula inteira dentro da cabine se lamentando, se agredindo e chorando. Quando saiu viu seu rosto totalmente vermelho pelos tapas. Imediatamente se odiou por ficar vermelho com tanta facilidade.
Pro seu azar a primeira pessoa que esbarra ao sair do banheiro e exatamente a culpada por seu sofrimento, Clarice.
── Theodor, o seu rosto... ── Tentou tocar o rosto de Theo mas ele se esquivou batendo em sua mão.
── Não me toque ── Vociferou a olhando magoado.
Ela não estava entendendo sua hostilidade com ela. Entedia que não era amigos nem nada, mas pensou que poderiam tentar pelo menos uma convivência amigável.
── Quem fez isso com você? ── Só o pensamento que alguém lhe machucou o ódio se apossou de seu corpo.
Theo começou a rir baixinho desacreditado. Não acreditava que Clarice poderia ser tão cinica ao não perceber que foi ela que o feriu, mas não fisicamente.
── Eu achei que algo tinha mudado entre a gente depois de... tudo. Mas parece que eu sou o único iludido.