[Tempo para soltar a música definido abaixo no capítulo]
ATO 1: PEGUE AS CHAVES
23 de outubro de 2050 | Gotham City
— Certo, vamos para o aparelho — Bruce se levantou e os deu as costas, indo para outra sala.
— Já? – Lislac arregalou os olhos.
— Perdão, você quer fazer um lanchinho antes? — Llhotar também se levantou.
Em seguida, Llhotar e Lislac também foram para a segunda sala. Esta tinha uma cápsula metálica no meio, rodeada por muitos fios e luzes. De diferente, apenas um painel na frente da máquina.
— Ouçam bem – Bruce disse, enquanto marchava na direção da máquina. — Vocês vão para dois mil e dezessete.
— Não faria mais sentido ir para antes da arma química ser lançada? — Llhotar questionou, observando a grande máquina no centro da sala.
— Vocês não irão viajar no tempo, apenas — Bruce sentou-se atrás de um painel rico em botões. — A máquina tem alcance espacial limitado, e como o sol está rodando na galáxia, nos afastamos com o tempo. Espacialmente, dois mil e dezessete é o máximo que a máquina alcança.
Lhotar e Lislac se entreolharam, ansiosos, prestes a entrar na cápsula, enquanto Bruce começava a tocar aqui e ali no painel, dizendo:
— Atenham-se a localizar os quatro remanescentes... — a voz de Bruce adquiriu um tom grave e arrastado, até se deter por completo. O ambiente pareceu ecoar essa transformação, envolvendo tudo em um momento de suspensão. Som, movimento, pessoas. O tempo havia parado. E em meio a esse fenômeno, Lislac era uma testemunha silenciosa. Ela caminhava em direção a cápsula quando observou a cena se desdobrar diante de seus olhos.
— Pessoal...? — ela questionou, girando sobre o próprio eixo para abranger toda a sala com o olhar. A poeira suspensa à sua frente parecia imóvel, cada partícula congelada no tempo. Lenta e cautelosamente, aproximou-se de seu colega velocista, estendendo a mão e balançando-a na direção de seu rosto. — Isso não é hora para brincar, Llhotar! — disse, desferindo um tapa forte no rosto dele. Ele permaneceu imóvel, sem nenhuma reação.
Constatando que era a única mente consciente naquele espaço, seus olhos se voltaram para a máquina que Bruce havia construído com anos de esforço. Seria um efeito inesperado? Ou talvez, de alguma forma, ela estivesse desencadeando essa suspensão?
De repente, o eco distante de passos se fez ouvir, reverberando e crescendo em intensidade a cada aproximação. Os impactos pareciam penetrar o chão, preenchendo todo o ambiente. Das sombras, emergindo das escadas ao fundo da sala, uma silhueta surgiu. Era um homem de cabelos escuros, com nuances prateadas nas têmporas, trajando um manto escarlate que parecia ter vida própria, movendo-se de maneira enigmática, como se a própria realidade cedesse diante de sua presença.
— Lanaya... — ele a chamou, sua voz ressoando com uma intensidade que parecia perfurar as barreiras do tempo e do espaço — Você entende que eu não estaria aqui, a menos que esta situação fosse extremamente importante.
Lislac o encarou, enquanto uma corrente gélida percorria sua espinha. Ela conhecia aquela figura.
— Mirach... Tudo está confuso, não sei o que está acontecendo... — ela hesitou por um instante. Em poucos segundos, compreendeu que ele era o responsável pelo controle do tempo, era evidente. E mesmo não havendo nenhuma troca de palavras, ele assentiu.
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Beyond Heroes 4: Havoc
AdventurePresente. Passado. Futuro. As regras foram reescritas. Existe uma linha tênue entre o certo e o errado, traçada por aqueles que operam nas sombras. Enquanto a floresta congelada se ergue, Kyle Vengeance deve enfrentar os fantasmas do passado, desven...