Capítulo 5

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Nova York - Galeria Van Gogh - dia da exposição.

Não foi esperado que tivesse tantos jornalistas ali na frente para cobrir o evento. Na lista de convidados tinha alguns políticos do estado, artistas de renome internacional, umas três celebridades do cinema americano, alguns dirigentes e funcionários de hospitais na cidade e muitos empresários . 

Eles chegavam e uma chuva de flashes eram disparados conforme eles desfilavam pelo tapete vermelho que foi estendido na escadaria. Normani estava na porta com a lista, depois de ter resolvido um problema com o carregamento de suprimentos da cozinha. Ela estava eufórica, mas tentando controlar a sua emoção de ver que o evento aos poucos se montava para ser um sucesso. 

Lá dentro já tinha algumas pessoas rondando as obras expostas nas paredes da galeria. Alguns comentários eram feitos e a maioria era em aprovação. O coquetel começou e os garçons estavam ocupados em deixar os convidados à vontade e abastecidos com champanhe, batidas, etc e canapés "comestíveis". Porque apenas ovas de peixe ficou ultrapassado segundo a chefe do buffet que era uma promessa da nova gastronomia.

Marília foi a primeira a chegar porque estava mais ansiosa do que a artista das obras. Conversava com o dono do hospital beneficiado, ele ficou mais do que contente com a iniciativa da loira e nesse momento estava mostrando a sua gratidão pela caridade dela mais uma vez naquela noite. 

Ela vestia um roupa de alfaiataria, uma camisa impecavelmente modelada ao seu corpo e num tom de cinza azulado que enaltecia a cor de sua pele e de seus olhos. Vestia ela com as mangas dobradas, evidenciando as tatuagens em seu braço. Uma calça slim preta estava ajustada em suas pernas bonitas e calçava sapatos oxford também pretos.

Seus cabelos estavam soltos ao natural e com as pontas repicadas. Em seu pulso estava um relógio da Hublot preto com alguns detalhes em ouro. Ela já chamava a atenção de várias pessoas e passou os primeiros vinte minutos desde que tinha chegado, andando de um lado para o outro para cumprimentar seus amigos e conhecidos. 

Um pouco mais tarde ela vê Mai entrando timidamente pela porta da frente da galeria com Luísa ao seu lado, quase se escondendo nos braços da namorada. Então ela pede licença para o diretor do hospital com quem falava e se voltou para caminhar na direção delas. Sorriu abertamente quando os olhos do casal caíram sobre si. Abriu os braços ao se aproximar.

- A estrela da noite. - alcançou a amiga e se inclinou para deixar dois beijos de cada lado do rosto da artista. Depois se virou para a sua velha companheira - oi Lu, ela tá muito nervosa eu vejo. - a abraçou rapidamente. Luísa olhou sorrindo para a namorada em seguida.

- Você nem imagina, até cogitou... - Marília a interrompeu.

- Ah ah ah, nem me fale, agora que você está aqui dona Maiara Henrique... não tem mais volta. - apertou de leve o braço dela - vem, eu vou te apresentar para algumas pessoas.

Marília se virou e avistou um garçom ali perto. Fez um sinal pra ele, que se aproximou quase correndo com sua bandeja que tinha algumas taças de champanhe. Pegou duas taças e se virou para entregar para o casal atrás de si. Quando aceitou a taça, Mai virou ela de uma vez e pediu pela segunda, só assim elas voltaram a caminhar.

Mendonça migrou pelos espaços da galeria procurando pessoas importantes que perguntaram da artista. No final ela deixou Mai com uma das donas da galeria, a conversa entre elas parecia que fluiria sem problemas. A proprietária adorou as obras e até estava de olho em uma em específico e brincou pedindo privilégios na hora do leilão.

Assim Marília puxou Luísa para onde Dinah estava com outros amigos delas. Ela ficou ali conversando com eles, mas em um momento ela nota pelo canto do olho a sua noiva chegando. Sorriu ao percebe-la melhor, estava linda com um vestido chemise de estampa escura e com um cinto fino de fivela dourada. Nos pés um salto preto de bico fino.

Firebird -  Fogo que Cura - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora