Capítulo 15

349 34 16
                                    




++++++++++

Depois de muito apanhar para colocar em seu carro o gancho, que assim como a bicicleta Maraisa nunca teve a chance de usar, Marília estava estacionando no central park. Aonde ficou combinado da doutora se encontrar com a mãe e a irmã. De longe, sua irmã caçula já avistou o carro de Marília parando e Maraisa no passageiro. Cutucou sua mãe ao seu lado para olhar, enquanto ela mesma pulava de alegria pela cena.

- Elas vieram juntas mamãe. - ela disse e correu para alcança-las na calçada ao lado do carro. Maraisa já saía e parecia ter discutido com Marília, que estava carrancuda e tinha o indício de um bico. - Mara, você veio mesmo. - Maraisa levanta a cabeça e sorri largo ao ver sua protegida.

- Oi meu amor. - a irmã mais velha termina a distância entre as duas e abraça Aline apertado - Mas será possível que você vai ficar maior cada vez que eu te ver? Já está mais alta que eu.

- Qualquer um é mais alto que você Maraisa. - Marília fala com um sorriso gozador escorada no carro.

- Lila! Você também veio. - a mais nova correu até a outra e se jogou nos seus braços. Marília a tirou do chão por uns segundos depois a pousou no mesmo lugar - estou tão feliz de ver vocês juntas.

- Ououou, calma aí criança. Não vamos atropelar os bois aqui. - Marília apertou a bochecha rosada da adolescente de cabelos castanhos claros, que tinha uma tiara os enfeitando - eu ainda não decidi se a quero de volta. Maraisa se tornou muito perversa com o tempo. - Marília falou sem olhar para a doutora em um tom ressentido.

- Ah, você que não me quer de volta? Essa é boa. - Maraisa diz cruzando os braços as duas se olharam em uma briga silenciosa.

- Calma aí gente, sem briga. Eu não quis dizer juntas de verdade. Mas que estou feliz de ver as duas. - o ex-casal ficou com expressões lívidas e se sentiram ridículas com a má interpretação - Mas afinal, porque demorou Maraisa, achei que tinha te passado o horário errado.

- Culpa da Marília que demorou uma eternidade para pra instalar isso no carro dela. - a acusada colocou uma mão no peito.

- Minha culpa? Eu fiquei esperando uma eternidade até ela ficar pronta e só no final ela me fala dessa obra do Belzebu. - da ênfase batendo na geringonça.

- Não bate nisso Marília. E foi você que insistiu em me trazer.

- Viu? ela nem sabe o nome desse troço e muito menos instalar. Tava apanhando pra colocar antes de eu ter que me intrometer. Ainda me fez parar em um posto para encher os pneus dessa bicicleta que ela nunca usou.

- Eu já usei sim, cala a boca. E quer saber? Pode ir embora já. Não preciso mais do seu mau humor por perto. - Aline soltou uma exasperação e depois olhou pra cima, pedindo paciência, assim como Marília tinha feito mais cedo.

- Ah claro, eu sou a mal humorada. Tudo bem, de nada por falar nisso, foi um desprazer te trazer até aqui. - Marília se virou para a bicicleta e a tirou de trás de seu carro levando até a calçada e usando o pezinho para para-la em pé ali - tchau pra vocês. - ela caminhou de volta para o carro.

- Vocês estão falando sério? - Aline olha de uma para a outra, que tinham o carro as separando agora - Marília, volte agora mesmo pra cá. E não revire os olhos pra mim! - se assustando com a autoridade da mais nova, Marília cresceu os olhos e se apressou para ir ao lado da irmã. A caçula olhou para Maraisa e a chamou com a mão para chegar mais perto - vocês acabaram de fazer as pazes, não vão mesmo dar vinte passos para trás por conta de uma coisinha boba, não é? - olhava de uma para outra, que negaram minimamente com a cabeça e se olharam - então peçam desculpas e se deem um abraço agora. - as mais velhas ficaram acanhadas e eram assistidas também por Almira, que estava ao longe na pista, tomando conta da sua bicicleta e a da filha mais nova. Olhava a cena com um sorriso no rosto.

Firebird -  Fogo que Cura - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora