Capítulo 35

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A situação ia se ajeitando de forma lenta, mas gradativa conforme a primeira semana ia se passando. Oque tirava um pouco do peso geral de cima dos ombros das envolcidas. Marília e Maraisa seguiram suas vidas ainda em Nova York, seguindo as instruções médicas que garantiram uma estação saudável até o momento.

Os bens que Marco deixara para a esposa e filhas, foram desembargados e agora só esperavam o inventário para serem reivindicados. Até o problema com Dinah e Gustavo, que agora estava escondido em Miami, estava mas apaziguado entre as autoridades, oque não quis dizer que a polícia desistiu do caso.

Afinal eles levavam a sério o assassinato de um companheiro de farda. Foi em um dia especial, que ela teve o desprazer de ser abordada na rua em uma operação, não oficial, por dois policiais.

Ela soube lidar com a situação, mas não pode evitar de ser revistada e arrastada para um beco escuro quando estava prestes a entrar em seu carro.

- Oque sabe sobre as mortes no dia da audiência de Marco Pereira? - um dos homens que usava roupas civis, perguntou botando Marília contra a parede. Ela suspirou entediada e olhou para a calçada, que passava pessoas inertes aquilo tudo.

- Você foi a última pessoa vista conversando com o detento. Oque ele disse pra você? - o outro que estava a sua frente pergunta.

- Não sei, ele não foi muito claro com todo aquele sangue saindo da boca.

- Sabemos da richa entre vocês. Tem motivos de sobra pra ter mandado alguém fazer o serviço enquanto tinha um bom alibi o socorrendo.

- Que mente criativa, policial. - ela disse em deboche recebendo mais um esporro daquele que a segurava contra a parede.

- Ta achando que isso é brincadeira, Mendonça? - ela cerrou os dentes e olhou por cima do ombro.

- Olha, se não tem nada contra mim eu vou dar o fora.

Diz se virando e empurrando o cara quando terminou a frase. Ele estava pronto pra avançar nela, mas seu amigo o segurou no lugar e tomou a sua frente. Encarando Marília com um sorriso amarelo e arrumando suas calças no processo.

- Só estamos fazendo perguntas.

- Pra pessoa errada. Eu sei tanto quanto vocês. Não dirija a palavra a mim outra vez sem a porra de uma prova que me incrimine.

- Porque? Existe alguma prova pra ser encontrada?

- Pode ter certeza que seu superior vai saber dessa palhaçada... - ela passou esbarrando no ombro daquele que lhe falava e seguiu seu caminho para o seu carro.

- Não nos ameaça Mendonça. Da próxima vez pode ser você a ser investigada. - ele dizia enquanto acompanhava ela de perto e parava na calçada ao lado do carro dela.

A loira entrou no veículo e o deixou com a porta aberta enquanto encaixava a chave na ignição e ligava o carro. Depois olhou diretamente para o homem que tinha os braços cruzados a encarando, assim como o outro.

- Boa sorte com isso oficial. Com licença, agora eu vou aproveitar o resto do meu domingo com a minha mulher... você devia fazer o mesmo, se esse for o caso.

Logo ela recolhe a perna pra dentro do carro e fecha a porta dele. Sai dali rapidamente e realmente se dirige ao encontro da noiva. Preparava os toques finais de uma surpresa pra ela antes de ser abordada.

Sorria contente pelo caminho ao perceber que as autoridades estavam mais que perdidas tentando seguir pistas aleatórias sobre o caso. Isso queria dizer que Gustavo realmente se certificou de eliminar as evidências.

Firebird -  Fogo que Cura - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora