Capítulo 16

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Ela reveu os velhos amigos, alguns novos integrantes de uma das gangues dele e passaram um bom tempo conversando, mas ela recebeu uma ligação de Luísa a convidando para aparecer na casa dela, pois não iria para o escritório aquele dia, trabalharia em casa. Marília aceitou e quando voltou para perto dos outros foi para se despedir.

Pegou seu carro e saiu das docas, indo até o bairro classe média do casal Mailu. Estacionou na frente da porta lateral do loft delas e saiu do carro. Apertou o interfone e o portão abriu com um barulho, assim ela entrou por ele e seguiu para as escadas. Logo que chegou na porta do loft a abriu sem tocar a campainha, entrou e a fechou em seguida.

- Luísa! - chamou pela amiga olhando para a sala a esquerda e para o caminho para o ateliê de Mai a direita.

- Aqui em cima! - Marília levantou a cabeça ao ouvir a voz que vinha do mezanino e se moveu alcançando a escada e a subindo de dois em dois. Chegou lá no topo e já viu a amiga de shorts e regata sentada atrás de seu computador - chega mais Mendonça, senta aí.

Marília se aproximou, tocou no ombro de Luísa e se sentou na cama que ficava ao lado do computador. A amiga ainda não tinha tirado os olhos da tela do eletrônico, ela usava um óculos de leitura e tinha os cabelos presos em um coque por um elástico. Estava descalça e sentava em cima de uma das pernas.

- Eaí? como foi a curta lua de mel? - Marília riu se inclinando para trás com os braços a apoiando no colchão.

- Vai ficar trabalhando enquanto conversamos? - Marília arqueia uma sobrancelha e Luísa a olha pela primeira vez.

- Uh pegou uma cor legal, camarão. - Marília alcançou um travesseiro e fez menção de tacar na outra, mas voltou a deixá-lo no lugar - tá bom, desculpa. Espere um pouco. - ela voltou a encarar o computador e digitou algumas coisas, minimizou outras e deixou a tela na área de trabalho. Só aí soltou o mouse sem fio e virou a cadeira que usava para ficar de frente para Marília. Cruzou as pernas e se inclinou pra trás com os cotovelos apoiados nos braços da cadeira e os dedos cruzados em cima da barriga - toda sua, meu bem.

- Me contento se você apenas me escutar. - Marília se ajeitou na cama, que balançou um pouco - certo, lembra que eu falei que não queria acelerar as coisas com Maraisa?

- Ah, lembro. Você é tão patética.

- Então, esquece isso. - Luísa abriu a boca e se inclinou rápido pra frente segurando nos braços da cadeira.

- Fuck me. - ela encheu a boca pra falar.

- É...

- Eu sabia que você ouviria a cabeça de baixo. Eu te conheço Marília. - ela riu batendo palmas- somando o tempo que você devia tá na seca, mais o seu abismo pela Maraisa, mais as duas estando solteira. Essa é a pura matemática do amor. - Marília riu da bobagem da amiga - fala aí? Vocês quebraram a cama? os vizinhos foram lá reclamar do barulho? Porque depois de tanto tesão acumulado, vocês devem ter extravasado tudo em uma noite.

- Não sua tonta, eu realmente só dormi na sala dela. - Luísa desanimou e se recostou na cadeira.

- Poxa... então fala logo oque aconteceu pra você mudar de ideia sobre ir devagar com ela.

- Tudo bem.

Marília contou a amiga tudo oque aconteceu na ilha com Maraisa e posteriormente com a ex-noiva e o irmão. Sonza riu da obstinação de Gustavo em ferrar com a irmã "quem tem um irmão desses não precisa de um inimigo" elas riram, mas Luísa percebeu que a outra estava um pouco ressentida com algo. Continuaram a conversa falando do rompimento com Anitta, o pedido do avô de Marília e a noite anterior com Maraisa.

Firebird -  Fogo que Cura - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora