Por um bom tempo depois de Cam ter ido embora, fiquei acordada na cama. Essa noite de insônia era diferente de todas as outras. Nem se comparava a elas. Meu corpo inteiro parecia estranho a mim, sensível e quente até demais.
Tirei o edredom de cima de mim e deixei apenas o fino lençol, que, ainda assim, esquentava minha pele. Virei-me de lado, mordendo os lábios ao juntar com força minhas coxas.
Eu odiava Cam.
Não de verdade.
Mas o odiava por seu "boa-noite", e por ele ter ido embora, e por eu estar tão à flor da pele que, toda vez que mudava de posição, minha pele ultrassensível pedia mais.
Mais.
Eu não odiava Cam.
Virando-me de barriga para cima, empurrei o lençol para baixo. O ar fresco cobriu meus braços e peito. Por baixo da camiseta de algodão, a ponta dos meus seios estava rija e eu sentia pequenas pontadas, a ponto de não só me irritar como quase invadir o território da dor.
Abracei os joelhos e um gemido escapou por entre meus lábios, conforme sentia uma pulsação entre as coxas, subindo até os seios. Esticando as pernas, embolei o lençol embaixo de mim e procurei esvaziar os pensamentos, mas não conseguia deixar de pensar no beijo de Cam, no toque de seus lábios nos meus, como sua língua ficara úmida e quente dentro da minha boca. Ainda podia sentir o gosto do chocolate e o tato de seus músculos sob minhas mãos. Fiquei sem fôlego só de lembrar o toque suave do dorso de suas mãos roçando em meus seios, provocando.
O que eu sentia era completamente novo para mim. Como se o beijo de Cam tivesse mudado tudo em meu corpo, mas eu não era idiota. Não era ingênua ou tão inexperiente a ponto de não notar que estava excitada. Que meu corpo havia acordado, como uma Bela Adormecida saindo do sono profundo, e exigia muito mais.Minha mão vagou até meu estômago e me assustei. Minha pulsação estava acelerada, subira à garganta, meu coração palpitava. Entre as coxas, o latejar se intensificava. Meus olhos se abriram e focaram no teto escuro. Prendi a respiração ao deslizar a mão para baixo. Parecia uma experiência fora do corpo, como se eu não tivesse controle sobre o que estava fazendo.
Fechei os olhos ao enfiar a mão por dentro do elástico frouxo do meu short de dormir. Os músculos na barriga estavam tensos, a respiração acelerada. A ponta dos meus dedos tocou as terminações nervosas lá embaixo, e um jorro de pura eletricidade correu pelas minhas veias.
Mordi o lábio para segurar o grito que se formou na minha garganta. O coração agora saltava, meus dedos deslizavam por entre as partes úmidas que se juntavam lá embaixo.
Parte de mim não acreditava no que estava fazendo.
Não acreditava que tinha demorado tanto para fazer aquilo.
Mas eu já tinha passado do ponto de voltar atrás.
Na minha mente, surgiu a imagem de Cam. Os olhos azuis flamejantes e sua boca na minha, fazendo-a abrir, divinamente paciente, porém determinado. Meus dedos estavam desajeitados, pois eu realmente não tinha ideia do que estava fazendo, mas parecia estar funcionando.
Continuei me tocando, e era muito bom, mas tudo aquilo parecia aumentar o fogo, intensificar aquele ardor. Senti o inchaço e tive certeza que eu ia gritar até não poder mais, se aquela ânsia aumentasse mais um pouco.
Mordi o lábio inferior. Meu dedo deslizou para trás e para a frente antes de eu inspirar profundamente e me penetrar. Um suspiro escapou de mim por causa da tensão. Ok. Aquilo era bom. Enfiei um pouco mais fundo, e a pressão da palma da mão contra minha saliência me fez sentir outro choque. Meus quadris se moviam e o fervor se espalhava dentro de mim. O instinto parecia ter tomado conta. Meus quadris realizavam um pequeno círculo e a tensão ficava cada vez mais profunda. O barulho que saiu pela minha garganta teria me deixado constrangida, se alguém tivesse ouvido, mas naquele momento, na escuridão do meu quarto, só fez com que eu me sentisse mais excitada.
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espero por você
RomanceAlgumas coisas valem a pena esperar. Algumas coisas valem a pena experimentar. Algumas coisas não devem ser mantidas em silêncio. E, por algumas coisas, vale a pena lutar. Avery Morgansten precisa fugir. Ir para uma faculdade a centenas de quilômetr...