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A aula de Economia se tornou infinitamente mais
interessante quando aproveitei o tempo em sala para reviver tudo que Cam e eu havíamos feito, depois que seus amigos foram embora e Ollie tinha ido dormir na noite anterior.

Ele havia me levado para o quarto dele, fechando a porta em silêncio. Um nervosismo se instaurou em meu estômago conforme ele veio se aproximando de mim e tocou minhas bochechas.

Desde a noite no meu sofá, nós nos beijávamos e nos tocávamos muito, mas parecia diferente no quarto dele, mais íntimo, com mais possibilidades.

Eu procurava não pensar em transar de fato, porque não tinha certeza se podia chegar ao fim. Se sentiria prazer ou se me lembraria do que tinha acontecido. Eu sabia que doeria, porque eu ainda era virgem, mas será que a dor se tornaria mais profunda?

Ele não tinha querido mais naquela noite e me perguntei se, de alguma forma, ele sabia.

Cam havia tirado meu suéter, mas deixara o sutiã e a calça jeans. A camisa dele se juntou às minhas roupas jogadas no chão, e, quando veio me beijar, suas mãos se embrenharam no meu cabelo. Caímos em sua cama e ele deslizou uma perna por entre as minhas. Enquanto os beijos dele desceram pelo meu pescoço e se concentraram nos meus seios cobertos por renda, as mãos foram para meus quadris, encorajando-me a me mover junto dele. Levou meu mamilo endurecido à sua boca, enquanto eu mantinha o embalo em cima dele, com a cabeça para trás e a boca fechada com força para não gritar. Cam me levou a um orgasmo desse jeito, sem mãos em mim, através da calça jeans e da calcinha. E, quando deslizei as mãos por dentro de sua calça, segurando o membro longo e duro, ele se impulsionou na minha mão, exatamente como imaginei que faria dentro de mim.

Fiquei lá por um tempo, aconchegada nele.

Conversamos sobre tudo e nada, madrugada adentro. Fui embora quando ele começou a dar pescadas, mas estava desperto o bastante para tentar me coagir a voltar para a cama dele.

Porém, levantou e me acompanhou até a porta de casa. Cam me deu um beijo de boa-noite muito doce.

Havia grandes chances de eu ter me apaixonado.
Tudo bem. Provavelmente, já estava apaixonada há meses, mas agora parecia mais realista, era possível e — ah, meu Deus — eu realmente sabia como era me apaixonar — um desejo borbulhante. Quando estava perto dele ou pensava nele, eu me imaginava sentindo como bolhas de champanhe, constantemente fluindo para o alto. Será que pensei mesmo nisso?

Um sorriso grande e pateta apareceu nos meus lábios.

Brit percebeu meu olhar e fez uma careta.

Ruborizando, decidi que deveria prestar atenção nos últimos dez minutos de aula. O professor estava falando sobre as filas nos postos de gasolina no início dos anos 1980. Alguma coisa relacionada com oferta e demanda. Eu ia ter que reler aquele capítulo urgentemente.

— Meu Deus, como você está viajando — disse Brit para mim depois da aula, enquanto saíamos do Whitehall. — Está na cara que você está apaixonada.

Eu sorri.

— Estou mesmo.

Brit aproximou-se para andar de braços dados comigo. A neve caía levemente e as nuvens estavam carregadas.

— Fico feliz que vocês se entenderam. Você dois são tão fofos juntos que é quase nojento.

— Ele é... — Balancei a cabeça. — Tenho muita sorte.

— Ele tem sorte — corrigiu ela, cutucando-me enquanto nos arrastávamos ladeira acima. — Então, o que você vai dar para ele de Dia dos Namorados?

— Dia dos Namorados? — parei repentinamente. Várias pessoas que vinham atrás resmungaram, contornando Brit e eu. — Merda, é semana que vem. — Virei-me para ela, com os olhos arregalados. — Não tenho ideia do que dar para ele.

espero por você Where stories live. Discover now