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O que Cam esperava que acontecesse ocorreu
pouco depois de eu tirar minha camiseta e lhe mostrar meu sutiã. Ele me fez sentar e enrolou uma colcha nos meus ombros para me cobrir.

Estávamos assistindo a um filme horrível de ficção científica, quando toda a bebida de dentro de mim decidiu que não queria mais ficar na minha barriga.

Arrancando a colcha de cima de mim, tropecei nas pernas de Cam.

— Ah, Deus...

— Que foi? Você vai vomitar. — Cam logo ficou de pé.

Corri até o banheiro e bati a porta atrás de mim.
Caindo de joelhos, levantei a tampa da privada e comecei e me contrair. Todos os músculos do meu corpo trabalharam num só sentido.

Lágrimas escorreram pelo meu rosto, enquanto o corpo estremecia. Parecia injusto ter de passar por isso depois daquela gripe.

Com toda a barulheira que eu estava fazendo, não tinha ouvido Cam entrar, mas ele estava lá, ajoelhado ao meu lado. Uma mão acariciava as minhas costas de forma contínua e carinhosa, enquanto a outra tirava o cabelo que escapava do coque e caía no rosto. Ele ficou ali, murmurando palavras ininteligíveis para mim, mas que faziam
maravilhas, mesmo durante aquele acesso de vômito.

Quando acabou, ele me ajudou a encostar na banheira enquanto pegava e molhava uma pequena toalha. Ele se ajoelhou, esfregando o pano no meu rosto, como na noite da festa de Halloween e quando fiquei doente.

— Está se sentindo melhor? — perguntou.

— Mais ou menos — murmurei, fechando os olhos por causa da luminosidade. — Meu Deus, isso é tão constrangedor.

Ele riu.

— Não é nada, meu anjo.

— Foi por isso que você ficou, certo? — gemi, sentindo-me uma grande idiota. — Você sabia que eu ia vomitar e aqui estou eu, tirando a roupa.

— Shh — disse ele, arrumando meu cabelo para trás. — Por mais charmoso que tenha sido vê-la vomitar as tripas, não foi por isso que eu fiquei e você sabe.

Fechei os olhos de novo, sentindo tudo girar.

— Porque você me quer, mas não quando eu estou bêbada e vomitando para todos os lados.

Cam caiu na gargalhada.

— É, é bem por aí.

— Só para ter certeza de que estamos falando a mesma língua. — murmurei. Percebi que ainda estava só de jeans e sutiã, mas, sinceramente, não dei a mínima. Amanhã, com certeza, seria uma história completamente diferente.

— Não estamos.

Abri um olho para ele.

— Ah.

— Achei que fosse gostar disso. — Ele passou o pano frio e úmido no meu queixo.

— Você é muito... bom nisso.

— Muita prática. — Cam jogou a toalha de lado, pegou uma nova e repetiu o processo. — Já estive na sua situação várias vezes. — Ele passou a toalha no meu pescoço, sobre as alças do sutiã e pelos braços. — Quer se preparar para ir para a cama?

Meu outro olho abriu de repente.

Ele balançou a cabeça e a covinha apareceu em sua bochecha esquerda.

— Tire sua mente da latrina.

— Ah.

— É, ah — disse ele, ficando de pé. De costas para mim, deu a volta na pia. Uma torneira foi ligada. Ele estava novamente de frente para mim, segurando uma escova de dente com pasta. — Achei que fosse querer tirar o gosto ruim da boca.

espero por você Where stories live. Discover now