Capítulo fouty-three

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Na mesma noite de madrugada voltamos para o enterro de Damon.

Tomei alguns comprimidos para me manter de pé. Não conseguia sentir nada além de solidão e vazio, meu mundo tinha caído, porém Adeline me forçou a comparecer no velório.

Agora estava em frente ao meu guarda roupa com um cigarro na mão tentando decidir minha roupa.

- Oi Isa, está tudo bem?- Bill perguntou entrando no quarto.

- Sim, só não consigo decidir minha roupa- Bill pegou o cigarro da minha mão e apagou.

- Pequeno girassol desde o show você não colocou suas emoções para fora, não e vergonha chorar sabe disso- Bill parou do meu lado.

- Eu estou bem, eu só não tenho nenhuma roupa- puxei todos os cabides com força e joguei tudo no chão - Todas essas roupas são de puta, não tenho nada para um funeral, o funeral do meu namorado- Passei a mão por meu rosto tentando não chorar- Eu só não consigo decidir, eu não... Me ajuda por favor- Bill me abraço e então desabei em seus braços.

- Tá tudo bem, você vai conseguir- Ele se afastou de mim e vasculhou meu armário- Eu sempre vou te ajudar, não importa a circunstância. Agora você vai tomar um banho, tirar esse cheiro de cigarro e tentar pelo menos ficar consciente, sei muito bem que desde ontem você não para de tomar aqueles comprimidos.

- Eu te amo bibbo- antes de fechar escutei ele murmurar algo como " Eu te amo também", fechei a porta do banheiro e liguei o chuveiro.

Quando sai do banheiro Bill tinha deixado minha roupa separada, vesti a calça cintura alta preta logo em seguida a blusa soltinha de alça da mesma cor, calcei um scarpin preto, finalizei meu cabelo de qualquer jeito.

Quando desci as escadas Bill estava me esperando.

- Tem certeza de que quer ir?- Concordei com a cabeça e fomos para o carro.

O velório já tinha se passado e agora iam enterrar o corpo. Tive que ver o cara que eu mais amei sendo absorvido pela terra, não conseguia descrever nada disso apenas queria esquecer tudo isso.

Dois meses depois.

Tom pov's.

Não aguentava mais ver ela nesse estado, toda noite era a mesma coisa: drogas, cigarro, comprimidos, álcool, homens mais velhos se aproveitando dela, e ela sem consciência de nada, sempre perdia ensaios nunca lembrava dos shows. A morte daquele homem foi a ruína dela, a pessoa por quem eu tinha me apaixonado não estava mais ali, agora era um corpo sem vida perambulando por aí.

Ela e os meninos tinha me convencido a ir em uma festa, estávamos aqui apenas uma hora e ela já estava chapada, caras já tinha agarrado ela, mas ela não ligava para isso.

Não via ela em lugar algum, até no banheiro, ela tinha sumido fazia um bom tempo.

Depois de muito tempo de procura vejo uma mulher loira deitada no chão de barriga para cima desmaiada, percebi imediatamente que era ela. Chegando mais perto percebo que ela estava espumando pela boca ainda desacordada. Uma Overdose... Ela estava tendo uma overdose.

Liguei de imediato para a emergência que demorou um tempão para chegar, polícias pararam a festa e por sorte não havia nenhum paparazzi.

Levaram ela para a UTI, fiquei na sala de espera junto dos meninos. Quando minha mãe chegou me aconcheguei em seu braço tentando me acalmar.

Quando levaram ela para o quarto ainda estava desacordada, mas bem, minha mãe passaria a noite com ela e eu voltaria no outro dia.


Quando cheguei de manhã bem cedo ela estava acordada tomando café, corri para abraçar-la.

Haeven and Back - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora