Você é um cavalheiro

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Porque todas as pequenas coisas que você faz
São o que me lembram por que me apaixonei por você E quando estamos separados e eu sinto sua falta Eu fecho meus olhos e tudo que vejo é você E as pequenas coisas que você faz
Todas as pequenas coisas que você faz
Those Eyes - New West

ALAN

Chegamos ao apartamento da Maria, e eu a ajudo a subir, não somente por causa da perna dela, mas porque ela está bêbada, e não vou mentir, quero passar mais tempo com ela, então, entramos em sua casa. Ela vai até a cama e desaba, cansada.

— Ainda está acordada?

— Sim. — ela resmunga de olhos fechados.

— Vou pegar uma roupa pra você. — falo e vou até o closet e pego uma calça larga e uma camisa combinando que são fáceis de vestir.

No closet dela tem um ilha com acessórios, tem uma bandeja com vários brincos, pulseiras, colares e anéis, forço um pouco os olhos e vejo o anel de noivado que dei para ela lá e isso me faz sorrir. Volto até ela.

— Os pijamas estão aqui, coloca enquanto eu busco água pra você.

Saio e vou até a cozinha busco um copo de água e levo até ela. Quando volto ela está parada no mesmo lugar.

— Maria, o copo de água está aqui do lado, não sei onde guarda os remédios, então tome alguns quando acordar de manhã.

— Alan, me ajuda? Me ajuda a me trocar, esse vestido é impossível de tirar sozinha. — quero desesperadamente dizer que sim, mas ela está bêbada, não quero tirar vantagem dela.

— Não acho uma boa ideia, Maria...

— Você já me viu nua antes. — ela resmunga.

— Esse é um argumento muito bom. — fecho os olhos e passo a mão na testa.— Vou te ajudar, mas não vou olhar.

— Você é tão certinho. — ela bufa. — Você pode olhar se quiser, não tem nada que não tenha visto antes.

— Pare de me provocar. — respondo e ela dá risada. — Você está bêbada, não seria certo e não vou olhar.

Puxo as suas mãos para que ela fique sentada, me sento na cama atrás dela e abro o seu vestido, e vejo a pele nua e macia de suas costas e meu corpo se arrepia e respiro fundo.

De novo, dou a volta e vou para frente, me abaixo e tiro sua bota ortopédica, sua perna marcada pela pressão da bota, olho para as cicatrizes da cirurgia que estão bem sutis, seguro a barra do vestido e o subo pela perna e fecho os olhos e o puxo para cima o tirando.

Ela me entrega a camiseta e eu a coloco, as calças também, não vejo nada mas sinto o toque macio de sua pele e sinto um calafrio. Depois que ela está vestida, ela se deita na cama e eu a cubro.

— Você é um cavalheiro, Alan. — ela diz sorrindo e seus olhos já fechados.

— Obrigado.

— Você não vai ir embora, não é? — diz em um sussurro.

— Não — respondo também em um sussurro.

Dou um beijo em sua testa, passo a mão em seu cabelo fazendo carinho nela e ela sorri, saio do quarto, sei que tem quarto de hóspedes, mas me acomodo no sofá e acabo dormindo também.

**********

Na manhã seguinte acordo com um barulho de talher caindo no chão, tem um cheiro ótimo no ar, aperto os olhos e os abro, me sento no sofá.

Sempre foi você - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora