Sempre foi você - Duskwood

Efeito borboleta

Sentado no canto da sala Tudo está me lembrando você Segurando uma garrafa vazia e falando para mim mesmo que você está mais feliz Não está?
Happier - Ed Sheeran

MARIA

Depois que Alan vai embora eu choro ainda mais, porque ele é perfeito, e eu quero dizer para ele que não o mereço, mas ele vai achar que é compensação, mas não é, é a mais pura verdade, ele sabe exatamente o que dizer, como agir, como eu pude ser tão idiota e deixar este homem?

A Jessy tirou o mês de férias e o Dan também, e usaram esse tempo para a lua de mel, mas estou feliz que ela chegou ontem e hoje nós vamos nos ver, estou ansiosa porque eu ainda não contei nada para ela sobre Alan e eu, não quero que ela fique brava comigo, por isso.

Estou na casa do Alan, passei a noite aqui, ainda é cedo, ele não vai para o trabalho, uma pessoa do departamento dele morreu e ele vai ao funeral, ele sai do quarto e vai até mim, e meu queixo cai.

Ele está usando um uniforme formal, um tipo de terno que nunca o vi usando antes, camisa preta e gravata preta também, o paletó preto com botões dourados e o distintivo preso ao lado, nas laterais um triângulo azul com detalhes em dourado escrito departamento de polícia de Nova York, calça preta e sapatos pretos e ele também vai usar um quepe preto com detalhes dourados que está segurando na mão.

— Olha, eu lamento pela morte do seu colega de trabalho, de verdade, sinto muito mesmo, pela família e amigos, mas você está absurdamente lindo.

— Obrigado. Que bom que gostou, por que posso usar um parecido no nosso casamento. — ele pisca pra mim e sorri.

— O quê?! Eu não sabia disso!

— Mas posso usar um terno normal também, ainda não decidi. — Ele responde.

— Por mim, você podia usar essa roupa todos os dias.

— Se eu chegar a capitão um dia, usaria uma versão azul escuro desse e camisa branca, todos os dias, ou em audiências no tribunal. Agora, eu preciso ir. Nos vemos mais tarde — ele abaixa no sofá e me dá um beijo demorado e sai.

**********

Estou em casa e estou esperando Jessy chegar, espero que ela não fique brava comigo quando eu disser. Alguém está batendo na porta, abro e vejo seus olhinhos brilhando e seu sorriso radiante.

— Oi, Jessy! — a puxo para um abraço. — Que saudade que eu estava de você.

— Oi, amiga! Também senti sua falta!

Entramos e nos sentamos no sofá, ela está com várias sacolinhas e vai me dando várias lembrancinhas dos lugares por onde ela passou na viagem.

Ela me conta várias coisas que ela e o Dan fizeram, comidas exóticas que experimentou, e como ela está feliz.

— Estou tão feliz por vocês dois. — falo para ela e meus olhos enchem de lágrimas.

— Obrigada, Maria! Desde quando você se tornou essa mulher tão sensível? — ela me pergunta rindo.

— O quê?! Eu não sou sensível. — faço uma careta.

— E aí, me conte as novidades.

— Bom, eu finalmente não estou mais usando a bota ortopédica.

— Nossa, até que enfim!

— Sim! Eu poderia fazer outra cirurgia para tirar a haste, mas o médico disse que pode tirar daqui um ano, então estou pensando no assunto.