Capitulo 1

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Minha mãe se sentou ao trono que conquistou de Merlin, Dragon havia fugido e minha mãe estava com dificuldades para encontralo.
Bati o pé impaciente ao descobrir que ela havia prendido Viserion e Rhaegal.

- Eles não fizeram nada! - Rosnei contra ela.

Seus olhos se viraram para mim e vi a impaciência e a dor neles.

- Não quero outra criança queimada jogada aos meus pés. - Sua voz era calma, mas eu sabia que ela estava tão descontente com isso quanto eu.

- Foi Dragon que fez isso, não Rhaegal ou Viserion, eles sempre lhe obedeceram.

- Essa conversa está encerrada, eles permanecem trancados.

Virei as costas para ela desejando tocar fogo em tudo, passei pela porta no mesmo instante em que Tyrion vinha de encontro a rainha.

O comprimentei enquanto passava pelas portas.

Já fazia um ano que ela os havia trancado e ela nem mesmo foi os visitar.

Verme cinza parou ao meu lado fazendo uma reverencia.

- Posso ajudá-la princesa? - Olhei para ele e depois para a sala do trono.

- Pode me trazer quatro ovelhas, se conseguir? - Minha mãe me mataria caso descobrisse isso.

O soldado acenou saindo de perto de mim para trazer meu pedido, fiquei nervosa fora da sala, eu não fazia ideia do que podia acontecer se Daenerys descobrisse meus planos. Se eu soltasse os dois eles poderiam fugir igual ao Drogon... Mas eles eram apenas crianças, não mereciam ficar presos assim...

Dei um passo a frente quando a porta atrás de mim se abriu e revelou Tyrion, o mesmo fechou a porta atrás de si, percebendo minha impaciência.

- Princesa? Está tudo bem? - Eu não o conhecia a muito tempo, mas sabia que ele era confiável, ele era confiável para mim.

Me abaixei, puxando suas mãos ao meu encontro.

- Tyrion, preciso de ajuda, você confia em mim?

- Claro princesa... Mas...

Não dei tempo para que terminasse de falar, apenas caminhei rapidamente segurando sua mão, eu sabia que verme cinza já havia conseguido o meu pedido, e sabia exatamente onde ele os havia colocado.

Só parei de andar quando ouvi os berros das ovelhas, e a porta da caverna aberta, Tyrion se percebeu o que íamos fazer não disse nada, mas se não sabia ele iria tremer de medo.

Meu vestido era branco e longo, e meus longos fios prata estavam soltos e voavam ao vento, quando segurei a adaga de meu avô, o rei louco. E matei duas ovelhas. Tyrion entrou na caverna primeiro.

Verme cinza me olhou confuso enquanto o sangue sujava meu vestido.

- Quero que coloque as ovelhas lá dentro, mas não chegue muito fundo na caverna, apenas até a escada esta bom.

O homem fez o que eu pedi, e quando ele voltou para cima eu entrei, a caverna era escura e me causava arrepios. Tyrion manteve as duas outras ovelhas vivas, mas quietas.

- Viserion, Rhaegal. - Gritei, e não demorou muito para que eles aparecessem, Rhaegal foi o primeiro a rugir para mim, ele estava faminto, mas eu sabia que não seria seu lanche. Assim que ele se acalmou eu sorri, e estendi a mão para tocar seu nariz - Oi meu amor, senti sua falta... Trouxe comida para vocês. Mas antes, quero tirar essa coisa de vocês.

Respirei fundo enquanto entrava um pouco mais fundo na caverna e segurei a grande corrente que os prendia ali, puxei o ferro que a mantinha ali, e assim que ele caiu no chão eu cai junto, com a velocidade em que Rhaegal correu em direção a ovelha. Olhei para Viserion, o mais pequeno entre os dragões de minha mãe, ele me entendeu e gentilmente abaixou a cabeça para me dar apoio, puxei o grande ferro e o joguei no chão, da mesma maneira que a corrente que o prendia o fez. Me afastei dele, e nesse instante ele correu para a ovelha morta. Subi as escadas o mais rápido que pude, Tyron me olhava como se nunca pudesse imaginar que aquilo realmente existia.

- A rainha concordou com isso? - Perguntou Verme cinza e eu o olhei.

- Minha mãe não pode sonhar com isso.

Suspirei pesadamente fechando novamente a caverna.

- Daena, fez tudo isso escondido de sua mãe? - Foi Tyrion quem pareceu mais surpreso.

- Ela não podia ter prendido eles, achei que haviam fugido com Drogon, mas ela os trancou aqui, ela não podia fazer isso. São crianças.

- São dragões, e creio eu que já não sejam mais crianças e sim adultos. - Sabia que minha mãe ficaria sabendo disso mais cedo ou mais tarde e isso me causou arrepios.

- Ainda são crianças para mim, um ano depois que eu nasci, eles vieram ao mundo, são tão velhos quanto eu.

Comecei a andar deixando eles para trás, minha mãe havia começado um noivado com um lorde de Merlin, fui contra isso desde o começo, mas ela não me ouviu.

Tomei um banho ao chegar em meus aposentos, decidi tacar fogo nas roupas manchadas de sangue, ela perguntaria assim que um criado a contasse. Coloquei um vestido preto mais solto, ótimo para andar e para ter mobilidade, prendi os cabelos em um trança, havia ganhado uma batalha contra minha mãe, ao soltar os dragões, então eu tinha o direto da minha primeira trança, uma piada interna.
Assim que sai do quarto encontrei minha mãe, ela me aguardava para irmos ver uma batalha ou alguma coisa que seu povo conseguiu com que ela liberasse.

O povo a amava, enquanto ela caminhava entre eles, todos a desejavam mil coisas boas, por sorte eu conseguia entender o que diziam, fiquei fluente em alguns idiomas ao decorrer de minha vida.
Assim que chegamos nos sentamos bem a frente da arena, enquanto Tyrion ficava ao meu lado assim como verme cinza e a intérprete de minha mãe, a primeira luta foi chata, o cara grande cortou a cabeça do menor calando a boca de Tyrion e do amante de minha mãe.

Quando a segunda luta começou, eu paralisei no acento ao ver o velho amigo da família San Jorah. Missandei e minha mãe paralisaram igual a mim, eu não podia deixar que lutassem e que ele fosse morto, eu tinha que fazer alguma coisa, mas eu não tinha tanto poder quanto minha mãe, e quando ela bateu a palma eu sabia que ela deixaria que ele lutasse até a morte sem fazer nada.


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