Balerion pousou em Pedra do Dragao, pude observar Drogon ao lado de minha mãe.
Daenerys estava jogada aos pés do dragao, conseguia ouvir seu grito de dor e de agonia.
O ódio e a amargura havia se apossado de mim, uma vontade imensa dolorosa de voltar para Westeros e queimar a cidade toda, de fazer Cercei conhecer a maldita perda de verdade.
Bran segurou minha mão, mas dessa vez eu ignorei, desci de Balerion e caminhei até Daenerys, eu sentia exatamente o mesmo que ela. Crescia com aqueles dragões na caverna, cresci voando com eles e me divertindo sobre o alto das nuvens.
Haviam tirado os filhos dela, e haviam tirado meus irmãos de mim.
Me juntei a minha mãe, a abraçando o mais apertado que conseguia.
Seu aperto foi doloroso, suas lágrimas quente pareciam queimar minha pele impulsivel de ser queimada.
Era o choro de pura dor e agonia penetrante.
Mas não me afastei, a deixei me abraçar e se derramar sobre mim, a deixei me sentir como seu porto seguro, pois era isso que eu era. Um ponto seguro para ela.
Mais de duas horas se passaram antes que ela se afastasse com os olhos vermelhos.
A rainha ficou uma noite trancada em seus aposentos sem comer e sem qualquer compainha.
Enquanto isso, eu avistava Jhon Snow governar a pedra do dragao como se de fato tivesse alguma autoridade sobre o lugar. Eu sabia a verdade sobre ele.
Sobre a pequena quantia de sangue Targaryen que corria em suas vezes, e eu enojava.
Ele era um inimigo para mim e uma ameaça para o reinar de minha mãe.
Mas eu já sabia como cuidaria disso.
Ele era apenas um verme sendo irmão de Bran ou não, era apenas mais um inseto que eu teria o prazer de pisar e aniquilar.
Não havia visto Bran desde que ele saiu de cima de Balerion, eu não o havia procurado e sabia que ele queria espaço.
Também sabia que ele via o futuro e sabia exatamente o que eu iria fazer, poderia ter me impedido, mas não o fez.
- Chame o Verme cinza e seus companheiros de patente, quero falar com eles sobre meus planos para Westeros. - Tyrion apenas acenou conforme saia da sala de estratégias. Jhon estava na sala, me observando.
- O que presente Daena? - Um olhar afiado foi disparado em sua direção.
- Pra você é Princesa Daena, não o conheço e com toda a certeza não sou minha mãe para te dar qualquer voto de confiança, agora deixe essa sala imediatamente. - Tentou com tanto afinco me encarar e demonstrar algum tipo de autoridade, mas não surtiu efeito em mim, jamais surtiria.
- Meus homens também vão lutar ao seu lado, Princesa, também tenho o direito de ficar aqui para saber comandar minhas frotas. - Uma risada sincera rasgou minha garganta conforme Verme vinha e outros entraram pela sala ao lado Tyrion.- está vendo os seis dragões lá fora, Lorde Snow? Ainda acha que eu preciso dos seus homens? Acho que minha mãe está fazendo caridade ao mantê-lo aqui, mas suas mordomias acabaram no instante em que ela ficou indisposta. Agora se retire desta sala antes que eu mande sua cabeça de volta ao Norte. - Um sorrisi cruel surgiu em minha face conforme eu via sua expressão de desespero e confusão. Um traído de merda.
Verme cinza me olhou como olhava para a minha mãe, com pura lealdade e submissão. E eu o adorava por isso.
Tyrion permaneceu na sala, eu confiava nele.
- Podem se sentar todos. - Os quatro homens se sentaram em minha frente, já Tyrion se sentou ao meu lado como sempre fazia.
- O que planeja Princesa? - Perguntou Verme Cinza.
- Planejo queimar toda Westeros. - Tyrion me olhou e eu pude notar isso por minha visão periférica, mas não dei importância.
- Como pretende?
- Quero que matem todos os guardas, rendidos ou nãos. Quero que deixe aquela cidade sem ninguém da lealdade de Cercei. Esse vai ser o primeiro passo. - Tyrion ficou inquieto, mas depois eu o convenceria.
- E quanto aos civis?
- Vamos mandar alguém de confiança para alertá-los sobre o que está por vir. Acreditam que eu e a rainha somos apenas usurpadoreas tentando tomar o reino e escravizar eles. Vamos mandar alguém que ele confiam. - Olhei para Tyrion, ele ficaria encarregado dessa parte, afinal ele tinha contatos em Westeros que poderia ser usado a nosso favor para alertar os civis.
- E se não derem ouvidos? - A Dúvida de Verme Cinza era algo compreensível, mas eu não teria a certeza de que entenderiam minhas palavras.
- Matem.
- Daena? - Tyrion tocou minha perna e eu segurei sua mão.
- Faça um bom trabalho para convencer os civis, e se você falhar, irá haver consequências, para eles é claro. - Me levantei da cadeira me afastando da mesa enquanto eu deixava eles discutirem o que fariam.
Um pássaro pousou lá embaixo e um soldado trouxe a carta para mim.
- É Cercei, alteza, ela quer um encontro com a rainha para a libertação de Misandei, amanhã.
- Leve essa carta para Verme cinza, notificarei minha mãe sobre isso.
O homem acenou e saiu ao encontro de Verme cinza.
Caminhei até os aposentos de minha mãe, sabia que ela concordaria em encontrar sua amiga mais leal.
Entrei no quarto sem bater, minha mãe observava a luz do dia, estava nua com suas belas curvas a mostra. Observando a vida através de um vidro.
Ao me aproximar, vi seus olheiras e supus que ela não havia dormido em nenhum momento desde que havíamos chegado.
- Rainha... Ceercei enviou uma carta, solicitando nosso encontro amanhã para a liberação de Missandei. - Minha mãe se virou para mim com os olhos ainda inchados.
- Sairemos amanhã de manhã... Vamos deixar os dragões. - Era medo que ela tinha, de perder mais um filho...
Acenei para ela e sai do quarto.
Cercei estaria morta antes do fim da próxima semana.
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Jogo dos tronos
FanfictionDaena Targaryen é filha de Daenerys Targaryen com Drogo, ao crescer ao lado de sua mãe e de dragões, vivendo em guerra com os outros reinos, Daena não é mais uma criança e precisa aprender a se cuidar para ajudar sua mãe a se sentar no trono de ferr...